Nossa Senhora e o Concilio de Éfeso
A
história da Ordem do Carmo é cheia de riquezas. Seu fundador, Santo
Elias, 400 anos antes de Nosso Senhor Jesus Cristo, já venerava a Mãe de
Deus que iria nascer.
Afirmava
São Epifânio que já na primeira metade do século IV, existia uma
associação de mulheres cristãs que prestavam um culto a Maria
Santíssima.Vemos na história quantos Santos tiveram grande devoção à Mãe
de Deus, e que muitos a conheciam como Santa Maria.
Porém,
foi depois do Concílio de Éfeso, realizado no ano de 431, por
convocação do Papa Celestino I, que surgiu um culto litúrgico em honra à
Mãe de Deus.
O
Concílio de Éfeso foi convocado para combater as heresias do Pelagismo e
Nestorismo, dirimindo equívocos sobre a Doutrina Cristã, ao mesmo tempo
em que definia uma sublime prerrogativa de Maria e o seu verdadeiro
posicionamento na economia da salvação, culminando por decretar o Dogma
de SUA Maternidade Divina.
Os
erros das heresias espalharam-se rapidamente, fazendo muitos adeptos
como normalmente acontecia de inicio com todas as heresias. Mas esses
erros que versavam sobre a Divindade de Jesus Cristo e a Maternidade de
Sua Santa Mãe, foram logo e energicamente combatidos.
São
Cirilo, Bispo de Alexandria, foi o Presidente do Concílio em Éfeso, que
defendeu dignamente as verdades do cristianismo, contra as investidas
herejas.
No
dia do encerramento, após a leitura da sentença que condenava os
heresiarcas, expressando o pensamento unânime de todos os presentes, foi
lido o decreto do Dogma da Maternidade Divina de Maria Santíssima,
proclamado e justificado com toda honra, para a maior Glória de Deus. O
Papa São Celestino emocionado e com lágrimas nos olhos, ajoelhou-se e
respeitosamente saudou-a assim:
“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amem”
Essa
saudação de Sua Santidade, ficou sendo a segunda parte da AVE MARIA,
que tem como primeira parte dois trechos. Um formado pelo cumprimento
feito pelo Arcanjo São Gabriel a Maria, no dia da Anunciação, em Nazaré:
“Ave Maria, cheia de graça. O Senhor é convosco”.
O
outro trecho é constituído pela frase pronunciada por Santa Isabel,
prima de Maria, quando a Santíssima Virgem foi a Ain Karin para ajuda-la
durante os três últimos meses de gravidez, do qual nasceu São João
Batista. Disse Isabel:
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