"Existia uma
alma que se encontrava em cima de um muro. De um lado do muro haviam
anjos que pediam para que a alma fosse para o lado deles. Do outro lado
havia os demônios que estavam calados diante de tudo aquilo. A alma
perguntou aos anjos o porquê deles clamarem tanto enquanto os demônios
se calavam. Eis que a resposta veio justamente de um dos demônios, que
disse: "O muro a nós pertence"."
"Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente!
Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te." (Apocalipse 3, 15-16)
Desta pequena crônica, podemos fazer as seguintes análises e a seguinte conclusão:
Existem três tipos de católicos:
Os modernistas
(Os aceita-tudo)
São aqueles que
aceitam as novidades propostas pelo modernismo, este já condenado
abertamente pelo Magistério Infalível da Santa Igreja e pelos santos.
"NÃO importa se estas novidades são contrárias à fé, o que importa é "modernizar a Igreja, pois, afinal, estamos no século XXI"."
O
mundo moderno faz com que homem se esqueça de coisas que são
extremamente importantes, como Deus, a Santa Igreja, Sua doutrina e a
Morte. De que vale ao homem conquistar o mundo e perder sua alma? O
modernismo é falso. É preciso virar as costas ao modernismo. É obra do
inferno. Mesmo os Sacerdotes que difundem o modernismo nem sequer estão
de acordo entre si. Nenhum está de acordo quando estes se encontram
nesta situação: aderindo ao modernismo.
São
estes os do tipo que aceitam todas as religiões, que transformam a
Missa em um palco, que participam de seitas protestantes, argumentando
que apenas pretendem "estar em plena comunhão com nossos irmãos de outras religiões".
Ainda podem ser chamados de católicos ou simplesmente de católicos protestantes?
O que já disse João Paulo II, que continuou o seu papado afirmando abertamente que este seria totalmente nas diretrizes do Vaticano II? (ler artigo: O Vaticano II e seus frutos)
«Temos que
admitir realisticamente e com sentimentos de intensa dor que hoje os
Cristãos, na sua grande parte, sentem-se perdidos, confusos, perplexos e
mesmo desapontados; abundantemente se espalham ideias contrárias à
verdade que foi revelada e que sempre foi ensinada; heresias, no sentido
lato e próprio da palavra, propagaram-se na área do dogma e da moral,
criando dúvidas, confusões e rebelião; a liturgia foi adulterada.
Imersos num relativismo intelectual e moral e, portanto, no
permissivismo, os Cristãos são tentados pelo ateísmo, pelo agnosticismo,
por um iluminismo vagamente moral e por um Cristianismo sociológico
desprovido de dogmas definidos ou de uma moralidade objectiva».
Papa João Paulo II, citado em
L'Osservatore Romano,
7 de Fevereiro de 1981.
"Neo-tradicionais"
(Defendem a tradição mas apoiam o modernismo)
Exite os que se auto-intitulam "tradicionais" ou "tradicionalistas"
mas que aceitam tanto a tradição quanto o modernismo, apenas para
agradar aos dois lados. Quem fica encima do muro, está com o demônio e
não com Deus. Deus Pai vomitará os que são mornos. Estes são piores que
os modernistas, pois eles ao menos escolheram um lado, enquanto estes
pretendem agradar a Deus e ao mundo, mas se esquecem que "não se pode agradar a dois senhores ao mesmo tempo".
É mais que
comum ver católicos que assistem à Santa Missa no Rito de Sempre e
participam das chamadas "Missas Carismáticas", e são os primeiros a
rebolarem, cantarem e rezarem em línguas dentro de uma igreja,
profanando assim o local onde Nosso Senhor habita.
Repetindo o versículo do início do artigo:
"Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente!
Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te."
São estes os que estão encima do muro. Que rezam o confiteor na Missa de Sempre mas que são simpatizantes ou até mesmo participantes das sacrílegas "Missas de Cura e Libertação" e carismáticas.
Se Deus vai vomitar os que são mornos, seriam estes ainda católicos?
Católicos
(Vulgo tradicionais)
São estes os católicos, propriamente ditos.
Todos os
CATÓLICOS são tradicionais, apenas por seguirem tradições e repetirem o
que é verdadeiramente da Fé Católica, rejeitando o que é estranho e
contrário aos ensinamentos da Igreja. Antes de serem chamados de
tradicionais, devem ser chamados de Católicos. São estes os que repetem o
que os Papas disseram ao longo dos séculos. São estes os que não têm
medo de condenarem as seitas, as outras religiões e tudo aquilo que é de
moderno, ofensivo e perigoso à Fé.
Mas estes católicos devem ter medo de serem chamados de "radicais" por dizerem: "Extra Ecclesiam nulla salus" (Fora da Igreja não há salvação)?
Resposta: Não.
Os Papas já
afirmaram isto. E os católicos verdadeiros são fiéis à sucessão de São
Pedro, estes que repetiram ao povo católico o que os seus antecessores
ensinaram, afinal, é melhor ser radical, mas com os papas, ou, "amigo de todos" sem eles?
Rezamos na Santa Missa: "...quia peccavi nimis cogitatione verbo, et opere..." (...porque pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras...); A omissão é um ato pecaminoso. Negar
o que os papas e o que a Igreja afirma, é pecado, é omissão gravíssima,
em outros casos é até mesmo pena de excomunhão, pois afinal, por que
ser católico se não queremos seguir o que a Igreja afirma em sua
infalibilidade? Na realidade, a quem queremos agradar...? A Deus ou ao mundo moderno, decadente? Repetindo o que foi dito no início do artigo: De que vale ao homem conquistar o mundo e perder sua alma?
Mas... o que os papas dizem?
Papa Pio XII
"Para
definir e descrever esta verdadeira Igreja de Cristo - que é a Santa,
Católica, Apostólica Igreja Romana - nada há mais nobre, nem mais
excelente, nem mais divino do que o conceito expresso na denominação
"corpo místico de Jesus Cristo" (Mystici Corporis)
Papa Pio XI
"Só uma Religião pode ser verdadeira: a revelada por Deus; a única Religião revelada por Deus é a Igreja Católica" (Mortalium Animos)
Papa S. Pio X
"Os verdadeiros amigos do povo não são revolucionários, nem inovadores, mas tradicionalistas"
(Notre charge Apostolique)
A quem os católicos devem seguir? Ao senso do "politicamente correto"
proposto pelo mundo moderno ou aos santos e Papas que afirmaram
categoricamente que apenas existe uma única Igreja, um único meio de
Salvação, este meio que é o de rejeitar todas as outras religiões,
aceitar e seguir apenas o que a Santa Igreja Católica Apostólica Romana sempre ensinou?
O que vem dos hereges, não pode ser algo de bom. Deveria o católico aceitar as outras religiões?
Assim como o modernismo, as falsas religiões existem para acabar com as
tradições bi milenares, costumes e o sentido universal da salvação que
viveram os santos. Se o Papa São X condenou o modernismo, com qual autoridade um padre moderno pode exaltar e propagar o mesmo? Se alguma pessoa ousar argumentar: "O dito Papa já morreu, devemos seguir o que os papas atuais pregam", esta pessoa não é católica.
A
razão do porquê os católicos dos dias de hoje têm medo de afirmar a
Doutrina de Sempre, o que os Santos e Papas afirmaram ao longo dos
séculos, da Salvação existir apenas no seio da Santa Madre Igreja, se dá ao fato de os últimos papas não afirmarem abertamente (ou simplesmente não afirmarem)
que a salvação existe apenas na Igreja Católica, mas que "subsiste"
Nela, dando abertura ao pensamento de que a Salvação Eterna também é
possível nas outras religiões, dando ao homem o famoso direito de
escolher a sua religião "a gosto do freguês".
Em
uma família onde os pais não dão educação religiosa e moral aos filhos,
quando eles crescerem, naturalmente, eles não serão verdadeiros
cristãos e possuirão valores morais duvidosos. Mas convém lembrar que até mesmo Cipriano, o Feiticeiro, se converteu após anos de bruxaria,
óbvio que cristãos mal educados quando crianças poderão sim reverter a
situação e se tornarem verdadeiros católicos, não sendo esta a questão,
mas sim que o princípio da educação cristã está na base ensinada pelos
pais.
Se
os papas, bispos e padres dos tempos atuais não ensinam o que os seus
antecessores ensinaram por séculos, onde os "jovens modernos" poderão se
inspirar e tomar exemplo para serem CATÓLICOS?
"Em tudo me sujeito ao que professa a Santa Igreja Católica Romana, em cuja fé vivo, afirmei viver e prometo viver e morrer"
Salve Maria!