quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Cultura de Pentecostes através da Música


O Ministério de Música e Artes e a Cultura de Pentecostes
No nosso tempo, ávido de esperança, fazei com que o Espírito Santo seja conhecido e amado. Assim, ajudareis a fazer que tome forma àquela "cultura do Pentecostes",
a única que pode fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos. Com insistência fervorosa, não vos canseis de invocar: "Vem, ó Espírito Santo! Vem! Vem!". (Papa João Paulo II)
As palavras do saudoso papa João Paulo II, ditas aos líderes da RCC na Itália, contém fortes elementos que podem nos despertar para a importância de se permanecer fiel a um sentido estrito na forma de atuação do Ministério de Música e Artes da RCC.
Vemos aí a menção de um tempo “ávido de esperança”. É interessante questionar essa avidez. Outrora, nutriu-se grande esperança por um tempo em que a razão e a lógica científica pudessem conduzir a humanidade para melhores tempos. No entanto, quando se vê grandes avanços tecnológicos e a implantação de sistemas de organização lógica nos campos da política, economia e em tantas outras áreas da sociedade, percebemos ainda um mundo “ávido de esperança”. O que tanto esperamos, afinal? Pode-se denotar um tipo de resposta nas palavras do Papa: “fazei com que o Espírito Santo seja conhecido e amado”.  A esperança é de se chegar a obter a paz social, a alegria plena, o amor entre as pessoas... Adentrarmos no conhecimento e contato amoroso com o Espírito de Deus pode, então, responder de fato aos nossos anseios mais íntimos, mas a real esperança nem sempre é percebida em sua forma certa, por isso há tanta avidez e ansiedade no nosso tempo.
A arte cristã é uma poderosa ferramenta para tornar conhecido o Espírito Santo, mas, sem dúvida, é ainda mais destacável sua capacidade de torná-lo amado. Através da música, da dança e das diversas manifestações artísticas se podem transmitir sentimentos e emoções que transitam do artista diretamente para os corações e mentes das pessoas. Os artistas cristãos precisam ter paixão, não tanto pelo que fazem, mas por quem os inspira e motiva. Se cantarmos, dançarmos, encenarmos e expressarmos sob as muitas formas de manifestações artísticas o amor a Deus, isso se tornará veículo poderoso pelo qual emitiremos uma mensagem ao nosso tempo: precisamos e podemos conhecer e amar a Deus hoje, pois Ele é a resposta para as nossas mais profundas esperanças.
Mas o Papa falava também de dar forma a certo tipo de cultura, a cultura do pentecostes.  Ele dizia que essa cultura é a única capaz de fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos.
São palavras fortes e não foram ditas, certamente, sem uma grande reflexão, e desde então tem repercutido bastante a expressão “cultura de pentecostes”, entretanto, eu acho que ainda nem chegamos perto do que pode vir a ser tal coisa. Vemos por aí muitos tipos de culturas, e muitas têm sacudido a sociedade com suas mensagens. Há uma cultura sensualista embutida em diversas expressões artísticas. Há a cultura da rebeldia e da contestação, que se manifesta de diversas formas, e não há muito tempo em que a víamos na forma de músicas de protesto às ditaduras que dominavam parte do Continente Americano, como também às posturas políticas de diversos outros países. Também nos acostumamos vê-la em muitas outras tendências e movimentos, tais como o Rock and roll, os Punkies e outros em que também se percebe expressar-se a contestação e a rebeldia. Não vamos agora partir para listas e análises das diversas tendências e movimentos, basta dizer que temos nos acostumado com diversos tipos de cultura que se manifestam sob as mais variadas formas, porém, é ainda tímida e precisamos ver agigantar-se e tomar contornos mais nítidos a cultura de pentecostes.
Não sei se me engano, mas ao menos no Estado em que resido, parece-me poder afirmar que expressões artísticas que se baseiam na espiritualidade de pentecostes têm sido mais fortemente veiculadas por meio dos Evangélicos. Inclusive, tenho notado também a força de suas músicas e de suas formas de expressão crescendo também entre os católicos. Não quero instigar aquele tipo de debate, já um tanto desgastado: devemos ou não utilizar de músicas evangélicas nos Grupos de Oração e em missas? Mas quero sim motivar os irmãos que, como eu, atuam junto ao Ministério de Música e Artes da RCC a deixarmos ecoar fortemente as palavras do Papa:Assim, ajudareis a fazer que tome forma àquela "cultura do Pentecostes", a única que pode fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos. Eis aí a missão da RCC, contribuir para que tome forma essa cultura, e a nossa parte é fazer isso por meio das expressões artísticas.
“Com insistência fervorosa, não vos canseis de invocar: "Vem, ó Espírito Santo! Vem! Vem!". Esta última parte da fala do Papa contém o elemento fundamental para que essa cultura tome forma: a invocação contínua ao Santo Espírito. Muitas vezes, tenho visto pessoas dizendo: ah, parece que se fala sempre da mesma coisa, deveria se falar de outros assuntos também. Dizem isso em relação às mensagens que se passam através de músicas e outras expressões, como também através de palestras e livros, etc. Bem, creio que podemos falar de tudo, mas nunca podemos deixar de insistir fervorosamente, e nem nos cansar de clamar continuamente: vem Espírito Santo! Caso passemos a tratar a música e arte que fazemos na RCC de outra forma que não seja como forma de invocação contínua à presença e força do Espírito Santo, estaremos abrindo mão da nossa missão específica, e que por meio dessas palavras vemos ser reconhecida assim pela Igreja: a de tornar conhecido e amado o Santo Espírito.

Na Igreja há muitos serviços e missões, e muitos são originados por antigas espiritualidades. A nossa espiritualidade é pentecostal e o nosso serviço e missão primordial é tornar o Espírito Santo cada vez mais conhecido e amado. Na RCC realiza-se isso sob muitas formas de serviços, o que também denominamos de Ministérios; o nosso Ministério é tornar mais conhecido e amado o Espírito Santo por meio das expressões artísticas; e estaremos atingindo nossa meta sempre que formos fiéis a nossa espiritualidade. Podemos variar estilos e podemos tratar de muitos assuntos em nossas músicas e em nossas manifestações artísticas, mas não podemos nunca nos cansar de clamar sempre mais: vem, ó Espírito Santo! Vem! Vem! Vem! Vem! ... 

Como animar um retiro?


 “Esta é uma pergunta bem interessante e que gera certo frio na barriga, porque quando somos chamados para animar um retiro já criamos aquela expectativa. A primeira coisa a ser destacada: 
é preciso saber qual será o tema do retiro, o cronograma dele e a que tipo de público ele será direcionado e os direcionamentos das palestras desse encontro, ou seja, a moção geral do retiro, os direcionamentos de Deus.
Para que nós, como músicos, possamos começar a trabalhar o lado espiritual, para a condução daquele retiro. E a partir de tudo o que a organização nos passar, vamos rezar, ler as passagens bíblicas indicadas, nos preparar e a partir disso vamos pensar em algumas músicas, ver os momentos e as experiências de oração para que possamos rezar por cada momento.
Uma coisa muito importante é que o músico tenha um coração atento e preparado para acolher qualquer tipo de público, porque nem sempre nós pegamos o mesmo tipo de público. O músico precisa estar muito bem preparado para poder saber animar quando o público já é animado ou também para saber animar quando ele não é tão animado assim.
O músico precisa estar com o coração muito voltado a Deus, muito cheio do Espírito Santo para que possa conduzir esse povo e levá-lo para uma grande experiência de louvor, de alegria, de oração.



O ministro de música precisa aprender ir aos extremos de forma rápida e fácil: extremos de alegria, de pôr todo o mundo a cantar, mas, também, o extremo de fazer as pessoas rezarem. O retiro não pode ser conduzido só com a oração ou somente com o louvor; precisa ser um misto dessas duas coisas; ele pede momentos fortes de oração, momentos fortes de reflexão, e também momentos de muita alegria e de louvor. Então isso tudo é muito importante.
Essas são as minhas dicas para você animar um retiro se você ou o seu ministério forem convidados para fazê-lo, preparem-se, partilhem e conversem e não se esqueçam: as armas do músico precisam ser o jejum, a oração, a adoração ao Santíssimo, a confissão e a busca pela Eucaristia. 
E junto com tudo isso, deve haver toda a parte técnica dos ensaios da preparação espiritual e até mesmo das músicas que vocês vão escolher. Esse é um resumo que vocês podem fazer para animar um retiro. E vão em frente porque é o Espírito Santo que os guia!”

terça-feira, 30 de outubro de 2012

É possível seguir Jesus e evangelizar pelo Twitter?


Como evangelizar no TwitterNo artigo de hoje daremos início a uma série sobre a evangelização por meio das mídias sociais que iniciamos na última semana. A pergunta que ficou foi: “É possível evangelizar por meio das mídias sociais?”.
Dando continuidade, hoje vamos focar uma mídia social em especial: o Twitter. Esta rede social, atualmente, é uma das três maiores do mundo, tendo mais de 500 milhões de usuários, sendo que aproximadamente 34 milhões são brasileiros.
Quando se fala em uso do Twitter para pessoas que desejam ser formadoras de opinião e se destacar sobre determinado assunto precisamos fazer alguma perguntas: o que tuitar, a quem seguir e como se posicionar? De forma resumida, existem dez regras que precisam ser seguidas:
O que conta no Twitter?
As pessoas vão e vem, por isso as instituições e departamentos precisam de uma conta institucional independente dos ocupantes e profissionais que trabalham. Exemplo: @cancaonova@tvcancaonova,@eventoscn.
A quem seguir?
Não siga automaticamente todos que te seguem. Seu seguidor sabe que você não tem tempo para acompanhar tudo que seus seguidores tuitam. Siga pessoas e instituições que irão agregar conteúdo para você.
Quem deve tuitar?
É preciso que haja um controle rígido em relação a produção de conteúdo, pois outra pessoa pode não pensar da mesma forma que você e isso gera um conflito de informação, que pode ser percebido por parte dos seus seguidores.
Também é comum que o proprietário da conta tenha auxílio para sintetizar o conteúdo que será publicado, já que o mesmo não pode ultrapassar 140 caracteres.
O que tuitar?
Pode ser tentador publicar informações pessoais, mas você precisa ter em mente qual é o objetivo daquela conta. Se a proposta é mesmo evangelizar, você deve ser firme na sua proposta.
Tuitar trechos de discursos, homilias e documentos da Igreja pode ser massante, a menos que você se prenda a frases de impacto ou algo que sintetize a mensagem que foi transmitida.
É possível também dar um toque pessoal, acrescentando suas reflexões e pensamentos pessoais sobre determinado assunto.
Algo interessante também é gerar interação com os seguidores. Uma boa proposta é fazer perguntas e deixar que as pessoas interajam com suas respostas.
Mencione
Não se espera que você responda a cada pergunta recebida, principalmente se você representar uma grande instituição ou for alguém em evidência, mas, ao invés disso, você pode selecionar uma ou duas perguntas para responder que resuma as demais.
Quanto você cita alguma outra conta em um tuite publicado, isso passa maior credibilidade, além de aumentar a chance de que ele seja repassado para outras pessoas.
Com que frequência deve publicar?
Não existe uma regra clara, isso vai de acordo com o tempo que o proprietário da conta tem disponível, além da aceitação por parte dos seus seguidores. Em alguns casos será necessário dar maior atenção a determinados períodos, pois são os de maior interação.
A melhor proposta é sempre que possível colocar algo novo, pois mesmo que você fique nas próximas horas sem atualizar, o conteúdo que foi postado pode ser retuitado – seja divulgado por seus seguidores – por outras pessoas e o mesmo irá gerar maior amplitude sem que você faça nada.
Apoie Iniciativas Oficiais
Vários projetos da Igreja estão ganhando força e espaço no Twitter. Seu exemplo pode atrair e motivar outros a fazer o mesmo.
Imagens
Torne seus tuites mais atrativos e interessantes colocando imagens que representem o conteúdo.
Links encurtados
Os melhores tuites são curtos, de preferência não mais de 120 caracteres para aumentar a chance de serem retuitados.
Atualmente o Twitter encurta os links automaticamente. Se preferir, use outro encurtador de links como bit.ly e tinyurl.com.
Integração com Facebook
Não gere tuites automáticos a partir de sua conta no Facebook ou vice-versa. Cada rede social exige sua atenção total e indivisível. Discussões no Twitter são diferentes das que ocorrem no Facebook.

“… HOMEM E MULHER OS CRIOU.”


 Você, com certeza, já fez provas com questões dissertativas – daquelas que você tem uma pergunta e precisa redigir a resposta –, e outras questões de múltipla escolha. Qual tipo você prefere? Tem gente que diz que, quando a gente não sabe a matéria direito, a múltipla escolha é bem melhor. Dá até pra “chutar”. Tem gente que diz que, quando a gente sabe a matéria pra valer, a múltipla escolha acaba confundindo… é melhor a pergunta direta, e você responde com segurança. Afinal, você sabe a matéria.
Nas “provas” que a vida vai lançar pra você ao longo do seu caminho também é assim. Tem gente que não sabe o que quer da vida e acaba se confundindo, se perdendo em meio a tantas alternativas que o mundo oferece. Mas na “prova” da fé e do amor, Deus é “dissertativo” e te pergunta: “Tu me amas?” (cf. Jo 21, 15)
O que você vai responder? Essa matéria é fácil, você sabe de cor… de coração. Essa resposta de amor está gravada na nossa alma e também no nosso corpo. No livro do Gênesis aprendemos: “… homem e mulher os criou.” (Gen 5, 2). Não é múltipla escolha! Não há alternativas a escolher.Fique tranquilo: Deus escolheu para você! Ele, na sua sabedoria infinita, nos deu uma identidade sexual: feminino ou masculino. O determinismo biológico não é escravidão, mas é um caminho que se abre a nossa frente para nos aproximar de Deus. O caminho para encontrarmos a verdadeira felicidade é nos tornarmos quem realmente somos. Deus que nos criou, nos ama e nos convida a amar. Ele nos conhece melhor do que a nós mesmos e, em seu plano de salvação, nos criou homens e mulheres para que com a totalidade do nosso ser aprendêssemos a nos amar como Ele nos ama. Ou você duvida que Deus erraria na escolha da sua sexualidade?
O mundo, perdido como está, quer nos impor muitas opções. Quer nos ensinar que podemos escolher entre muitas alternativas: ser homem, ser mulher, ser um pouco dos dois… independentemente do que o meu corpo me revela. Usa como pretexto que os papéis sociais só trazem desigualdades. Acabam dando alternativas que só nos confundem…
Acredite, sendo você homem ou mulher, Deus deixou gravado em seu coração um jeito próprio de amar conforme a sua sexualidade. Ao nos criar, Deus nos fez a sua imagem e semelhança e nos fez homem e mulher. Isso indica que a complementaridade entre os sexos espelha Deus, ou seja, torna visível, o mistério invisível do amor de Deus. Somos chamados a amar como Ele amou, vivendo em comunhão de pessoas, como a Santíssima Trindade. E isso se realiza plenamente no ser masculino e feminino. O homem é predisposto a se tornar um dom para a mulher. A mulher é predisposta a receber esse dom e dar-se em retorno ao homem. O amor entre eles é tão real e profundo que pode dar origem a outro ser humano.
Somos diferentes – física e psicologicamente, mas iguais em dignidade! Sexo, é preciso sublinhar, não é um verbo, é um substantivo (essa questão você já sabia, né?!). É quem somos: homens ou mulheres. Quando perguntamos sobre o significado do sexo queremos, na verdade, saber o significado da nossa criação como homem e mulher. Se você é homem, Deus o criou para ser um homem. Se é mulher, Deus a criou para ser mulher. Este é o sentido inerente do sexo.
Todos nós precisamos re-ordenar nossa sexualidade, pois a tentação existe e vem para todos. É uma cura para todos nós: encontrarmos em Cristo nossa verdadeira identidade de homens e mulheres. Isso não quer dizer que se tivermos fé todos os nossos problemas, confusões e feridas desaparecerão instantaneamente. É um processo gradual para o qual devemos usar tudo o que há de bom em termos de suporte psicológico, direção espiritual, vida sacramental, leituras espirituais etc.
Nossa vocação, o chamado que Deus nos faz não é impossível de se viver. É difícil, mas a Graça está conosco. Jesus te pergunta mais uma vez: “Tu me amas?”. É a sua vocação. O que você vai responder, não com palavras, mas com todo o seu ser, com a sua vida? Quer uma dica?! Fica o exemplo de Pedro: “Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que eu te amo!”. Entregue para Deus a sua sexualidade e ele te ensinará a vivê-la plenamente! Nota dez!

Ser Humilde


Para se fazer a vontade de Deus é preciso antes de tudo ser humilde, “pobre de espírito” como pediu Jesus
A Igreja, sempre iluminada e assistida pelo Espírito Santo, em sua experiência bi-milenar, nos ensina que os piores pecados são aqueles que ela chama de “capitais”. Capital vem do latim “caput”, que quer dizer cabeça. São pecados “cabeças”, isto é, que geram muitos outros.
Assim como, por exemplo, a capital de um estado ou de um país, é de onde procedem as ordens, decisões e comandos, assim também, desses pecados “cabeças”, nascem muitos outros. Por isso eles sempre mereceram, por parte da Igreja, uma atenção especial. São sete: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça.Houve um santo que disse que, se a cada ano vencêssemos um desses sete pecados, ao fim de sete anos, seríamos santos. Portanto, vale a pena refletir sobre eles, a fim de rejeitá-los, com o auxílio da graça de Deus e de nossa vontade. O primeiro, e sem dúvida o pior de todos, é a soberba. É o pior porque foi exatamente o que levou os anjos maus  a se rebelarem contra Deus, e levou Adão e Eva à desobediência mortal.
A soberba consiste na pessoa sentir-se como se fosse a geradora dos seus próprios bens materiais e espirituais.
Acha-se cheia de si mesma, pensa, melancolicamente, que é a própria autora daquilo que tem ou que faz de bom, e se esquece de que tudo vem de Deus e é dom do alto, como disse São Tiago: “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai  das luzes” (Tg 1,17).
O soberbo se esquece que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e chamado de Deus, e que, portanto, Dele depende em tudo. Como disse Santa Catarina de Sena, ele “rouba a glória de Deus”, pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem só a Deus, já que Ele é o autor de toda graça.
A soberba é o oposto da humildade. Essa palavra vem de “humus”, daquilo que se acha na terra, pó. O humilde, é aquele que reconhece o seu “nada”, a sua contingência, embora seja a mais bela obra de Deus sobre a terra, a sua glória, como dizia santo Irineu.
Foi a soberba que perdeu a humanidade, foi a humildade que a salvou. São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja, garante que: “Toda a vitória do Salvador dominando o demônio e o mundo, foi iniciada na humildade e consumada na humildade!”
Adão e Eva sendo criaturas quiseram “ser como deuses” (Gn 3,5), Jesus, sendo Deus, fez-se como a criatura. Da manjedoura à cruz do Calvário, toda a vida de Jesus foi vivida na humildade e na humilhação. São Paulo resume isso na carta aos filipenses: “Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fil 2,6-8).
Pela humildade e pela humilhação Jesus se tornou o “novo Adão” que salvou o mundo (Rm 5,12s). Maria, a mãe do Senhor, tornou-se a “nova Eva”, ensina a Igreja, porque na sua humildade destruiu os laços da soberba da primeira virgem. Ela disse: “Ele olhou para a humildade de sua serva”.(Lc 1,39)
Muitos cristãos são cheios de boas virtudes, mas infelizmente tornam-se “inchados”, pensando infantilmente que essas boas virtudes são méritos próprios e não graças de Deus, para serviço dos outros. Deus disse a Santa Catarina que: “o pecador, qual ladrão, rouba-Me a honra, para atribuí-la a si mesmo”.
São Paulo pergunta aos corintios: “O que há de superior em ti? Que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, porque te glorias, como se o não tivesses recebido?” (1 Cor 4,7).
Como ninguém, o Apóstolo sentia em si as misérias humanas, convivendo com as riquezas da graça de Deus. Ele disse aos corintios: “Temos este tesouro em vasos de barro, para que transpareça claramente que este poder extraordinário provem de Deus e não de nós” (2 Cor 4,7).
É de Santo Agostinho a expressão: “Eis a grande ciência do cristão: conhecer que nada é e nada pode”.
Ser humilde é ser santo, é viver o oposto de tudo isso: é saber descer do pedestal, é não se auto-adorar, é preferir fazer a vontade dos outros do que a própria, é ser silencioso, discreto, escondido, é fugir das pompas e dos aplausos.
São João Batista foi modelo dessa humildade e nos ensinou a sua essência. Ao falar de Jesus, ele disse: “Importa que Ele cresça e que eu diminua!” (Jo 3,30).
Isto diz tudo. Quando Jesus iniciou a sua vida pública, João o apresentou para o povo: “eis o Cordeiro de Deus”, e desapareceu, até ser martirizado no cárcere de Herodes. Que lição de humildade! Também Nossa Senhora, sendo, “a Mãe do Senhor” (Lc 2,43), fez-se “a escrava do Senhor” (Lc 1,38).
Prof. Felipe Aquino

O Livro Escondido


O Tratado da Verdadeira Devoção à Maria, de São Luís Maria Grignion de Montfort, que completa 300 anos em 2012, permaneceu por 130 anos no silêncio de um baú.
O Livro que permaneceu escondido durante 130 anosIrmã Ágata Ângela, uma Filha da Sabedoria (instituto fundado porSão Luís Maria de Montfort), que viveu a dois séculos atrás, nas crônicas de 1842 escreveu um testemunho direto sobre o redescobrimento do Tratado da Verdadeira Devoção à Maria: “Durante a Revolução Francesa as cartas e os manuscritos das comunidades (fundadas por Montfort) foram escondidos nas fazendas vizinhas, onde permaneceram sepultados no pó durante diversos anos. Aquilo que foi reencontrado, foi em parte colocado na biblioteca dos Padres (monfortinos) e outra parte na Comunidade das Irmãs; o manuscrito em questão (o Tratado) foi depositado na casa dos Padres (Saint Spirit) e ali permaneceu desconhecido como havia profetizado o autor”.
De fato, São Luís Maria, no ano 1712, nesse manuscrito destinado a tornar-se célebre, escreveu: “Prevejo que muitos animais frementes virão em fúria para rasgar com seus dentes diabólicos este pequeno escrito e aquele de quem o Espírito Santo se serviu para compô-lo. Ou pelo menos procurarão envolver este livrinho nas trevas e no silêncio de uma arca, a fim de que não apareça.” (TVD 114).
Dia 22 de abril de 1842 o reverendo, Padre Pedro Rauterau, bibliotecário da Companhia de Maria (Monfortinos), enquanto preparava uma pregação em honra à Santa Virgem, nosso Senhor lhe colocou entre as mãos este precioso tesouro. O Padre reconheceu o estilo e o pensamento do Venerável fundador e imediatamente o entregou ao seu superior (Padre J. Dalin) que reconheceu perfeitamente a caligrafia. Assim veio à luz aquilo que o santo de Montfort “ensinou com fruto em público e em privado nas missões por diversos anos” (TVD 110), isto é que “Por meio da Santíssima Virgem Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio dela que deve reinar no mundo” (TVD 1).
Esse livro foi escondido por causa da importância dos seus ensinamentos, ele nos revela a importância da Santíssima Virgem na história da salvação dos homens, nos indica como fazê-la reinar nos corações através da consagração total a Ela e assim pertencer perfeitamente a Cristo, impedindo as insídias do demônio e esmagando a cabeça da serpente que quer a perdição das almas no esquecimento de Deus e no pecado. Por isso o demônio tentou destruí-lo ou ao menos escondê-lo.
Observou-se como a Imaculada Conceição, que esmaga a cabeça da serpente, é um ponto comum a todas as grandes aparições marianas, reconhecidas pela Igreja, a partir da aparição de Nossa Senhora das Graças a Santa Catarina Labouré (1830). É também impressionante a coincidência de datas entre o início do ciclo das aparições marianas dos últimos dois séculos e o reencontro desse escrito mariano destinado a formar gerações de santos (1842).
A obra prima de Montfort de fato foi publicada no momento justo, isto é, quando começava a despontar a aurora do “tempo de Maria” que o Santo havia profetizado, o tempo da luta entre Maria e os seus humildes servos de uma parte e de satanás e os seus seguidores de outra. “O poder de Maria sobre todos os demônios resplenderá em modo particular nos últimos tempos quando satanás insidiará o seu calcanhar e isto é, os humildes servos e filhos que Ela suscitará para mover-lhe guerra.” (TVD 54).

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Como venço o meu desânimo?


Surgem tristezas durante a vida: traumas e marcas, situações que não aceitamos e que ferem profundamente nosso ânimo. Sofrimentos que chegam quando menos esperamos: o falecimento de alguém, uma doença, dificuldades na família, com o filho, a filha, o marido, a esposa, os pais; situações que às vezes decepcionam. Por algum motivo qualquer, a tristeza pode aparecer. Mas você não pode se entregar a ela.

"Não entregue tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos".

É o que está escrito no livro do Eclesiástico, um pensador das coisas de Deus, no capítulo 30, versículo 22.
"A pessoa paga um alto preço quando se entrega ao desânimo", 


A pessoa paga um alto preço quando se entrega ao desânimo, a partir das tristezas da vida. A entrega de si às doenças da alma, quando se perde a alegria, a paz, a saúde, desarticula tudo e tudo se transforma em "pré-ocupações". Desculpe... A vida se transforma num inferno e não é assim que você merece viver.

Mesmo que seu marido ou esposa tenha sido infiel, cometendo adultério; mesmo que haja brutalidades dentro de sua casa, ingratidões, irresponsabilidades, se seu marido deixou você na rua da miséria, com os filhos dentro de casa, sem dinheiro, sem pensão, sem nada, não permita que sua chama se apague. Mesmo que você tenha se decepcionado com o amor ou com uma grande amizade, mesmo que sua família esteja dividida, ou você esteja sem nenhuma expectativa de futuro:

"Jamais se desespere em meio às sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda". (Provérbio Chinês)

Não permita que tudo isso mate sua alma.

Mas como conseguir força interior? A decisão já foi tomada, mas... você pode dizer: "Ainda sinto fraqueza... Como conseguir ânimo tão de repente?"

Vencer o desânimo passa pelo poder de decisão pessoal. Não estou minimizando seu problema. Talvez você saiba que seu problema é impossível de ser resolvido, mas aí está o mais importante: para que Deus possa agir em sua vida é preciso que você acredite, acolha e DECIDA.

Há pessoas que pensam que os problemas acabam com a vida. Não! Os problemas estão aí para serem resolvidos e Deus já lhe deu a força. Essa força chama-se Espírito Santo e é capaz de transformar toda a sua vida.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Fé sem fronteiras

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Jesus atravessou territórios por amor ao homem
Foi atravessando os desertos do preconceito que Jesus adentrou no território mais sagrado do ser humano: o coração. Em regiões pagãs onde cada tarde anunciava o fim das esperanças, Ele devolvia a cada pessoa o direito de ver o dia renascer com cores de ressurreição. Onde os limites das fronteiras da impureza serviam como obstáculos para a vivência do amor incondicional, Jesus Cristo ajudou cada um dos que Dele se aproximavam a descobrir que a Fé que carregavam na alma era sem fronteiras.

Foi em um dia onde o sol escondia o brilho de uma linda manhã que se aproximou de Jesus uma mulher, cuja filha era atormentada por um demônio. Aquela mulher carregava na vida uma noite que não permitia a sua filha contemplar a estação de um novo tempo onde as flores pudessem devolver à vida a beleza de outros tempos. Nos limites da vida ela reconhecia em Jesus aquele que poderia ajudar a sua filha a vislumbrar uma manhã de possibilidades.

Diante de Jesus aquela mulher reconhece sua condição de pagã. O fim das esperanças anunciada por muitas tardes começava a se transformar em sinais de um novo tempo que iria chegar. Jesus olhou além das aparências que aquela mulher trazia impressa nas páginas da história de sua vida já cansada de sofrimentos e dores. O olhar de Cristo adentrou o território pagão daquela vida e reconheceu no grito de uma mãe que clamava pela cura de sua filha, uma Fé que ultrapassava os limites das palavras. O clamor das lágrimas de outrora acendeu a chama da Fé adormecida no coração daquela mulher e transformou o inverno de angustias em uma linda manhã de primavera. 

Diante da dor estacionada no coração de cada ser humano os limites da Fé poderiam ultrapassar as fronteiras que impediam a vivência de uma nova vida de plenitude e paz. E foi assim que dois cegos se aproximaram de Jesus. Enquanto Jesus passava, os olhos da alma daqueles cegos se abriram para a possibilidade de terem a dignidade de suas vidas resgatadas. Diante dos olhares daquela sociedade eles haviam sido condenados por Deus, por terem cometido algum pecado muito grave. Excluídos da sociedade conviviam com o peso de carregarem nos ombros uma impureza imposta por outros. 

Jesus ao curar aqueles cegos desmascara um sistema religioso opressor que impedia os doentes de se sentirem amados por Deus. Os olhos da vida são abertos para que aqueles dois cegos possam testemunhar a misericórdia de um Deus que se compadece com a dor de seus filhos. As alegrias de um novo tempo deixaram para trás as noites da condenação. Eles agora podiam caminhar na luz de um novo tempo nascido da Fé que carregavam no coração. Só pode se despedir do medo quem com a Fé aprendeu a caminhar na confiança da misericórdia de Deus. 

As fronteiras da Fé se tornam sem limites a partir do momento em que as cercas da desconfiança são derrubadas e os campos da esperança são unidos pelo amor que depositamos em Deus. O que nos une em Cristo é a Fé que carregamos em nosso coração. Se nas incertezas da vida o medo quiser fazer morada em nossa alma será preciso construir um caminho que uma a nossa esperança ao amor que Cristo tem por cada um de nós. As tardes da vida somente são poéticas e belas quando a Fé é a certeza plena de um novo amanhecer. 

domingo, 28 de outubro de 2012

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO ENCERRA A JDJ 2012

A parte da tarde com atrações culturais, pregação e por fim adoração ao Santíssimo Sacramento

Adoração ao Santíssimo Sacramento encerra a JDJ 2012
A última etapa da Jornada Diocesana da Juventude foi repleta de atividades tais como teatro, música e intensa participação cultural, que movimentaram o evento.  O destaque foi para a pregação do fundador da Comunidade Árvore da Vida, Rodrigo Maciel, que relatou qual vida vale a pena ser vivida. De acordo com o formador é importante colocar Deus no centro da existência e não o dinheiro. “Só seremos felizes quando colocarmos Deus no centro e não a busca pelo dinheiro, temos que ser ousados e colocar Deus no centro de nossa vida”, frisou.

As atividades encerram depois de um momento intenso de Adoração ao Santíssimo Sacramento, aos pés de Jesus Eucarístico, foram depositados todos os sonhos, desejos e aflições da juventude católica.

Antes da benção final o assessor para juventude da diocese de Divinópolis, Padre Ulisses Cezar relembrou o compromisso missionário e a Jornada Diocesana da Juventude.

Para acompanhar toda a cobertura do evento, basta acessar as fotos da JDJ 2012, na fanpage do Setor da Juventude (www.facebook.com/SetorJuventudeDivinopolis).

DOM TARCÍSIO CELEBRA SANTA MISSA NO DIA NACIONAL DA JUVENTUDE

Dia começa com uma caminhada com a réplica da cruz peregrina da JMJ
Dom Tarcísio celebra Santa Missa no Dia Nacional da Juventude
O Dia Nacional da Juventude na diocese de Divinópolis iniciou-se com uma concentração na praça da Matriz de Sant’Ana em Itaúna. Ao som de muita música os jovens alegremente carregaram a réplica da cruz peregrina até o Complexo de Esportivo da Universidade de Itaúna. No trajeto foram feitas diversas paradas para meditação sobre temas ligados ao dia a dia da juventude, como família, sexualidade e afetividade, os perigos do alcoolismo e das drogas, questões aborto.

Em seguida, nosso administrador diocesano Dom Tarcísio Nascentes dos Santos, acompanhado por oito sacerdotes concelebrantes, presidiu a Santa Missa que foi marcada pelo testemunho do bispo que disseque pôde dizer pessoalmente ao Santo Padre: “nós aguardamos sua visita ao Rio de Janeiro” por ocasião da Jornada Mundial da Juventude.  Em seguida aconteceu a meditação sobre a importância da fé, tanto para o Bartimeu personagem bíblico destacado na liturgia desse domingo (28) que reza pela sua cura, bem como o a importância do Ano da Fé para a Igreja.

Ao final da celebração, a Comissão Pastoral para o Setor da Juventude realizou uma homenagem a Dom Tarcísio agradecendo-o pelo paterno e intenso cuidado com nossa juventude. Na ocasião foram entregues a ele dois quadros, um da Virgem Maria e outro de Jesus Bom Pastor. De pé centenas de jovens emocionados saudaram o bispo.

Diocese de Divinópolis envia jovens para JMJRio 2013

Giovanni Charles recebe a cruz e o envio para a JMJ Rio2013 
 
A Jornada Diocesana da Juventude teve seu ápice com a celebração da Santa Missa presidida pelo vigário forâneo Padre Francisco Cota e pelo assessor da  juventude Padre Ulisses Cesar.  Momento de reflexão sobre o papel da juventude na sociedade e na Igreja.

Durante a homilia Padre Ulisses destacou a Jornada Mundial da Juventude. “ Queremos  estar  em unidade com  todas as dioceses do Brasil e do mundo inteiro, no maior evento católico do mundo, a JMJ Rio2013, junto com o Papa Bento XVI. E  salientou a importância da missão, “Cristo  nos  chama  a ser uma juventude missionária.” 

Aofinal  da celebração  os sacerdotes entregaram uma cruz  representando o envio do  jovens à evangelização em  todos os ambientes bem como na JMJ Rio2013. “Vamos ao Rio de Janeiro” exclamou Padre Francisco após rezar a oração oficial da jornada.

Catequeses formam juventude missionária

Sacerdotes, consagrados, e leigos ensinam jovens a lidar com temas atuais na evangelização 
Gustavo Huguenin membro do COL na catequese sobre a Jornada Mundial da Juventude.
Os jovens da Jornada Diocesana da Juventude participaram de seis catequeses nessa tarde de sábado (27), os temas foram variados. A sugestão de ter esse momento foi pensado pelo desejo de aproximar a juventude do Centro Oeste mineiro do que vai ser a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro com a presença do Santo Padre o Papa Bento XVI.  A JMJ Rio2013 foi o primeiro assunto a ser abordado com todos os presentes, esse momento foi conduzido por Gustavo Huguenin.

A primeira catequese Juventude e Qualidade de vida foi ministrada pelo Padre Euclydes Bebiano. O sacerdote é conhecido pelo seu trabalho com a juventude através do movimento Getsêmani. A conhecida frase “palavras encantam, mas o testemunho arrasta” ganha vida com Padre Euclydes. Este sacerdote encantou, alegrou e arrancou lágrimas dos jovens que participaram da catequese “Juventude e qualidade de vida” da Jornada Diocesana da Juventude da Diocese de Divinópolis.  Ele provocou os jovens a incomodar o mundo movendo-se com paixão na direção de Cristo.

Com o tema Igreja antiquada ou mãe, o formador Luciano Couto membro da Comunidade Caminho Novo, citou um trecho da mensagem de Paulo VI encerrando o Concílio Vaticano II onde o Papa nos alerta que estamos vivendo as maiores transformações da história e utilizando o exemplo de pais, avós, professores iremos construir a nova sociedade. O formador nos alertou que o Concílio Vaticano II é um chamado a nós jovens.

A catequese de Eduardo Rivelly fundador da Missão Maria de Nazaré de Divinópolis, destacou que sobre a teologia do corpo, afetividade e sexualidade, sexo antes do casamento e demais questionamentos da juventude sobre a castidade.  Momentos intensos de oração também foi a característica dessa oficina.

O jovem sacerdote Padre Daniel Leão meditou sobre o tema qual a vida vale a pena ser vivida? Com sólida formação doutrinal e intenso amor a Jesus Cristo, o sacerdote orientou os jovens sobre os mais diversos aspectos da busca de santidade  e qualidade de vida.

Outra catequese foi com o Gustavo Huguenin, designer da Jornada Mundial da Juventude, com o tema, Comunicar para evangelizar. Em sua fala o jovem, abordou a questão das redes sociais.  “Rede social vai além da Igreja, além da minha comunidade paroquial. Rede social é inclusão” afirmou. “ Eu Gustavo vejo que a JMJ Rio2013 é uma oportunidade de levar Jesus para todos, e mostrar a juventude brasileira que é possível ser de Deus, acho que vai ser para levantar a juventude brasileira” ponderou.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

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Não aceite soluções fáceis


Há sempre duas maneiras de solucionar um problema
Muitos erros e sofrimentos acontecem porque queremos dar soluções facéis e rápidas para problemas difíceis; o que é um grave erro que causa sérios problemas.
Quanto mais difícil o problema, tanto mais difícil será a sua solução, pois não há solução fácil quando o problema é difícil. Na vida também é assim, não há solução fácil, cômoda, rápida e barata para os problemas difíceis. Mas, infelizmente, no campo do comportamento estamos cheios de “soluções fáceis”, que, em vez de solucionarem os problemas, os tornam ainda mais graves.
Há sempre duas maneiras de solucionar um problema: a primeira será “fácil”: improvisada, rápida, cômoda, sem sacrifícios e, muitas vezes, imoral. A segunda será “difícil”: demorada, planejada, árdua e dispendiosa. A segunda maneira de se resolver um problema será eficaz e duradoura; a primeira, inócua e falsa. Não se arrisque.É fácil, por exemplo, retirar o pobre da rua e escondê-lo das vistas dos turistas; contudo, é difícil retirar a miséria do pobre e promovê-lo, mas esta é a medida difícil e correta. É fácil limitar o número de nascimentos, é fácil esterilizar homens e mulheres em massa como se fossem animais; assim como é fácil distribuir pílulas… Contudo, é difícil implantar uma eficaz e digna paternidade responsável.
É fácil fazer a guerra; difícil manter a paz. É fácil distribuir preservativos e seringas para se evitar a Aids; mas é difícil ensinar as pessoas sobre o emprego moral do sexo e o valor da castidade…
O grande problema do mundo não é resolver os seus problemas, mas “como” resolvê-los. Nunca acredite numa solução fácil e rápida. A sabedoria popular já aprendeu que “o barato sai caro” e que “a pressa é inimiga da perfeição”. As soluções sérias são eficazes e duradouras; geradas no sofrimento, na oração, na paciência, nas lágrimas, no diálogo, na compreensão, entre outros.
Não há solução fácil para problema difícil. Esta é a pior tendência do homem moderno: querer resolver todos os problemas de maneira rápida, com soluções imediatistas, atropelando o tempo, a moral, os costumes, a fé e o próprio Deus. Por fim ele se dá conta de que correu em vão. Acostumado a lidar com as coisas, a técnica e as máquinas, o homem de hoje se esquece de que ele é dotado de uma alma transcedente e imortal.
O Papa João Paulo II nos ensinou que as soluções propostas por Jesus Cristo, para os graves problemas da humanidade, são difíceis, mas jamais decepcionam. Jamais eu vi alguém chorar porque viveu os preceitos do Evangelho, mas eu já vi muita gente chorar porque não quis vivê-los.
O Mestre disse que aquele que não pratica os Seus ensinamentos é como aquele que constrói a casa na areia; e logo esta é destruída pelas tempestades e correntezas. Todo problema tem uma solução; senão deixa de ser problema. A solução nem sempre é facíl, mas sempre existe.
Prof. Felipe Aquino

O salto da fé

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Não deixe escapar a oportunidade de acreditar
Eram os primeiros anos de sacerdócio, em minha primeira Paróquia, numa das mais gratificantes experiências do exercício do ministério, a atenção aos doentes, regularmente visitados, para o Sacramento da Penitência, a Unção dos enfermos e a Sagrada Comunhão, quando recebi uma das lições mais expressivas. Penso nos meus sacerdotes hoje, muitos deles dedicados semanalmente a tais visitas, testemunhas de milagres, quando Deus lhes concede muito mais do que levam aos verdadeiros santuários, que são os leitos dos que se fazem para-raios que, com sua oferta e oração contínua, sustentam silenciosamente a Igreja e os irmãos.

Pois bem, minha mestra espiritual, naquela ocasião, foi uma cega de nascença, no alto de seus oitenta e nove anos. Lembro-me de seu rosto curtido, com as marcas da ascendência escrava, da qual nunca se envergonhou. Recebidos os Sacramentos, diante das pessoas que comigo se encontravam, enquanto “saía um cafezinho novo”, pontificou diante do padre novo: “Agradeço a Deus por ser cega! O senhor não acha que a maior parte dos pecados começa com a vista? Ora, se não enxergo, posso pecar menos!” Fazia poucos anos em que tinha me debruçado sobre a afirmação do Senhor Jesus: “Se teu olho te leva à queda, arranca-o e joga fora. É melhor entrares na vida tendo um olho só do que, com os dois, seres lançado ao fogo do inferno” (Mt 18,9).

Precisei de uma pessoa que nunca tinha lido uma letra para entender melhor a importância de viver sem pecado, coragem para resistir às tentações e perseverar no bem. É que aquela senhora enxergava mais do que todos, pois via com o coração. Seu horizonte era muito mais amplo e suas muitas lições permaneceram em seus familiares e frutificaram na Comunidade em que vivia.
“Cheios de grande admiração, diziam: “Tudo ele tem feito bem. Faz os surdos ouvirem e os mudos falarem” (Mc 7,37). O contato de Jesus com as pessoas as deixa sempre marcadas positivamente. Ninguém passa em vão ao seu lado. Em Jericó (Mc 10,46-52), depois de uma escola de vida, durante uma viagem, na qual formava seus amigos escolhidos para a missão de levar a Boa Nova a todos, indica-lhes o modelo do discípulo justamente em Bartimeu, cego, mendigo sentado à beira do caminho e morador de uma cidade de má fama! Mais do que os alunos aplicados da escola do caminho, o rejeitado por todos, sobre o qual muitos teriam perguntado sobre eventuais culpas (Cf. Jo 9,2), é apresentado pelo Evangelho como modelo de discípulo.

Bartimeu é daquelas pessoas que não deixam escapar uma boa oportunidade (Cf. Raniero Cantalamessa, Gettate le reti, Anno B, PIEMME, 2004, Pág. 314). Ouviu dizer que Jesus, o nazareno, estava passando e agiu com prontidão, gritando no meio do povo, mesmo quando a “turma do deixa disso” quis calar sua boca. Era um mendigo da luz, queria enxergar! Como tantos homens e mulheres, jovens ou adultos de nosso tempo que pedem a esmola da luz verdadeira, querem conhecer a verdade, quem sabe às apalpadelas. Faz pensar nas muitas situações em que nosso tempo quer calar a voz da fé, para que se torne apenas um fato privado, com a pretensão de que desapareçam todos os sinais externos das convicções religiosas que sempre geraram cultura e valores.

Bartimeu gritou em voz bem alta a sua fé, para dizer a todos que Jesus é o Messias prometido. Há gritos entalados, e vi muitos deles nas multidões do Círio de Nazaré de 2012, que querem chorar e espernear pelos valores do Evangelho e da dignidade das pessoas humanas. Há gente que quer dar o salto da fé, para sair do meio da multidão! Jesus pretende, através dos cristãos de hoje, aproximar-se de cada uma delas, para perguntar “o que queres que eu te faça?”. Para tanto, faz-se necessário dar um “trato” de atenção e carinho a todos os que estão afastados ou assim se sentem. Lá na margem dos lagos da vida, ou quem sabe, lá na correnteza violenta dos rios da existência, ou, quem sabe, na escuridão das vielas em que se escondem, há pessoas pedindo a esmola da verdade.

Ressoe de novo a palavra do Senhor: “Aclamai a Jacó alegremente, cantai hinos à primeira das nações! Soltai a voz! Cantai! Dizei: Senhor, salva teu povo, o que restava de Israel! Pois vou trazê-los de volta do país do norte, dos extremos da terra hei de reuni-los. Entre eles, cego e aleijado, mulher grávida e parturiente. Em grande multidão voltam para cá. Chegam chorando, suplicantes eu os traslado. Faço-os caminhar entre torrentes de água, por caminhos planos, onde não tropeçam; eu sou pai para Israel, Efraim é meu filho querido” (Jr 31,7-9). Norte, traslado, reunião de multidões, cego e aleijado, mulher grávida e parturiente, torrentes de água, caminhos onde as pessoas não tropeçam... Qualquer semelhança com o que vivemos no Círio, não é coincidência! É Providência!

Cabe-nos encontrar as formas adequadas para dizer “Coragem, levanta-te, Jesus te chama” (Mc 10,49). A cura das pessoas e das multidões virá pelo encontro com o Senhor que é Deus e homem. A Igreja, servidora e colaboradora da verdade, renove suas disposições para anunciar integralmente o Evangelho, no ano da Fé. Este será uma ocasião propícia a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo.

Fundamentada no encontro com Jesus Cristo ressuscitado, a fé poderá ser redescoberta na sua integridade e em todo o seu esplendor. Também nos nossos dias a fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar para que o Senhor conceda a cada um de nós vivermos a beleza e a alegria de sermos cristãos (Cf. Bento XVI, Carta Enc. Deus caritas est, 25 de dezembro de 2005, n. 1 e Homilia na Festa do Batismo do Senhor, 10 de janeiro 2010).

Jesus quer dar um fim às trevas que você está vivendo

“Ele nos arrancou do poder das trevas” (Colessenses 1,12).
Esse termo “arrancou” nos mostra a força da salvação de Deus, que nos possuiu através de seu Filho Jesus. Existe também uma outra passagem do Evangelho de São Lucas que mostra esta misericórdia salvadora de Deus: “Graças ao coração misericordioso de nosso Deus, que envia o sol nascente do alto para nos visitar, para iluminar os que estão nas trevas, na sombra da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz” (Lc 1,78-79).

Eu não sei em que trevas você andou, pode ser até que neste momento você esteja nas trevas e nas sombras da morte. E o grande anúncio de hoje é que a misericórdia de Deus o está envolvendo há muito tempo, mas você não tinha percebido ainda essa ação da Misericórdia Divina. E Deus o está envolvendo com esta presença, porque você é filho d'Ele, você é filho do céu e para o céu é que você foi criado. 

"Você é filho do céu e para o céu é que você foi criado", afirma monsenhor Jonas


Hoje, o Senhor quer dar um fim às trevas que você está vivendo. Ele o está arrancando do poder delas [trevas] e o transladando para o Reino do seu Filho muito amado. 

Como o Bom Samaritano, Jesus hoje está se debruçando sobre você para limpar as suas feridas, mas apenas uma coisa é preciso: a sua vontade e sua decisão. Cristo pode estar até mesmo com o "frasco de azeite" para derramar nas suas feridas, e do outro lado, com a outra mão, com a vasilha do "vinho", para derramar o Espírito Santo sobre você e para derramar o Seu Sangue sobre você, só que Ele não faz isso sem a sua aceitação. Porque o ladrão [maligno] é ladrão e faz do jeito que ele quer; Jesus, ao contrário, é o Pastor, Ele quer que tudo se passe na sua liberdade. 

Hoje é o dia de você usar da sua liberdade e jogar-se nos braços de Jesus. E se você estiver de tal maneira caído no chão, como aquele homem do caminho, machucado e ferido, levante seus braços – mas se você não conseguir levantá-los –, diga com suas palavras, e se você não conseguir dizer com as palavras, diga com o seu olhar: "Senhor, misericórdia!"

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Santo Antônio de Sant'Anna Galvão (25 de Outubro)

Santo Antônio de Sant'Anna GalvãoConhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP). 

Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. 

O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas. 

Em 1760, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo. 

Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. 

Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento". 

Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis. 

Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: "Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado. 

Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades". 

O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.


Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!