quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Escravos por amor a Jesus Cristo

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Faça-se em mim segundo a vossa palavra
"Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado" (Mt 23, 12).
Estas palavras de Jesus nos colocam diante de uma realidade fundamental acerca de nossa vocação. Como cristãos, somos chamados a acolher a cruz de Cristo em nossas vidas. Ele se humilhou, assumindo a condição de escravo, cuja vida não pertence a si mesmo, mas ao seu senhor. Como Ele, somos chamados a assumir o "ser servo". Para refletir sobre este tema, é muito importante olharmos para a mãe do Servo Sofredor, para a Virgem Maria.
Na Anunciação de que Nossa Senhora seria a Mãe de Jesus (cf. Lc 1, 31), ela responde ao anjo: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a vossa palavra” (Lc 1, 38). Maria não somente se disse serva, mas se coloca a serviço de sua prima Isabel. Depois da resposta de Maria ao anúncio do anjo, ela visitou sua prima, a qual estava grávida de João Batista. Ao ouvir a saudação de Maria, Isabel ficou cheia do Espírito Santo e disse: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc, 1, 42b).

Maria tinha acabado de chegar. Nem mesmo havia se colocado a serviço e foi exaltada pela saudação de Isabel. Esta declara Maria como a bem-aventurada, a realizada pelo fato de ter acreditado no anúncio do anjo: “Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lc 1,45). Mais ainda, Isabel profetiza o cumprimento da anunciação feita pelo anjo.

Depois das palavras inspiradas de Isabel, em Nossa Senhora, no cântico do “Magnificat”, realiza-se a profecia de Isabel. Maria experimenta, naquele momento, a exaltação de Deus: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1, 47-48a). Maria foi exaltada logo depois no anúncio do anjo, porque se fez humilde, fez-se serva do Senhor. Cheia do Espírito, Maria profetiza a exaltação que lhe será dada até o fim dos tempos: “Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz” (Lc 1, 48b).

Como a Virgem Maria, que se fez serva, fez-se escrava do Senhor, somos chamados também a nos fazer servos, escravos por amor do Senhor. Acolhendo com humildade o desígnio de Deus para nós, o Senhor nos promete que seremos exaltados: “quem se humilhar será exaltado” (Mt 23, 12). Certamente, esta exaltação acontece aqui, ainda que não conforme a nossa vontade, e acontecerá plenamente na glória da Jerusalém celeste, onde estaremos na comunhão definitiva com a Santíssima Trindade, a Virgem Maria, os anjos e os santos.

A FÉ NAS REDES SOCIAIS


Lady Gaga, Justin Bieber, Hianna, Shakira, Coca-Cola, Mac Donald’s são os mais populares no Facebook? Enganado! Jesus é “O Cara” mais popular na maior rede social do mundo, o Facebook, com mais de 4 milhões de interações na página Jesus Daily (Diário de Jesus), criada pelo médico americano Aaron Tabor.
Para a maior rede social do mundo, o hanking é medido não pela quantidade de ‘curtis’ que uma página tem, mas pela interação que ela realiza com os internautas, ou seja, sua capacidade de influenciá-los. Neste quisito, a página de Jesus tem a incrível marca de 4,981,281 milhões de interações (que corresponde a comentários, compartilhamentos, ‘falar’ e ‘ouvir’ seus fãs).
Para ter uma ideia, o segundo colocado – que também é religioso (Dios Es Bueno) – possui 1,788,648 milhões. A página The Bible (A Bíblia) fica com o terceiro lugar com 1,322,690 milhões de interações.
O que isso significa?
Para muitos, pode parecer apenas números sem sentido, mas em se tratando de um ambiente, no qual, muitas vezes, se sobrepõem a hostilidade à religião, o ranking revela que, no fundo, as pessoas ainda estão com fome e sede de Deus, seja no mundo off-line ou on-line.
Um outro fator é que os cristão estão cada vez mais ativos neste mundo digital. Pense que, somente no Facebook, as páginas sobre religião estão infinitamente acima de páginas de músicas, notícias, esportes ou políticas.
Uma outra pesquisa, realizada em abril de 2004 pelas agências Christian Vision e Premier Christian Media, ambas do Reino Unido, constatou que 84% dos cristãos daquele país disseram que as redes sociais são um enorme campo de missão. Deste número, 73% usam ferramentas como Twitter, Facebook e YouTube para manifestar, de forma intensional, a sua fé.
Os jovens são os mais ativos, nestes meios, e também são os que mais mantêm contato com pessoas não cristãs. 87% deles usam as redes sociais para manifestar a sua fé e 79% deste número acreditam que a melhor forma de evangelizar é por meio dos relacionamentos.
Qual a melhor forma de evangelizar na internet?
“A melhor maneira é não considerar a internet como um instrumento de evangelização, mas sim um ambiente, no qual se vive a própria fé”, diz padre Antônio Spadaro, doutor em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e escritor do livro Cyberteology – pensando a fé em tempos de rede.
Para o sacerdote é importante que o cristão seja ele mesmo na rede pelo testemunho. “Não basta postar conteúdo religioso, é preciso que a pessoa testemunhe suas escolhas e seus gostos como um cristão. É a vida que dá testemunho do Evangelho”, conclui o sacerdote.
Veja abaixo infográfico com os números

“Cristo Jesus destruiu a morte, fez brilhar a vida e a imortalidade”


Pouco antes de morrer, encarcerado em Roma, São Paulo escreveu sua última carta a Timóteo. Nela ele recorda que é anunciador da mensagem salvadora: “Cristo Jesus destruiu a morte, fez brilhar a vida  e a imortalidade” (2Tm2, 10).
Por causa deste ministério ele sofreu muito como mostra em 2Cor 11, 23-29. Para seguir o Cristo, Paulo deixou todos os seus títulos de genuíno fariseu (Fl 3, 4-11) e enfrentou os desafios da pregação do Evangelho “loucura e escândalo” (1Cor 1, 23). Foi, por isto, acusado de subversivo contra César (cf. At 17, 7), nocivo à indústria dos ourives em Éfeso (cf. At 19, 23-40), prejudicial ao comércio dos adivinhos (cf. At 16, 16-19), traidor da Lei de Moisés (cf. At 18, 12-17). Suportou tudo por a amor a Jesus. Nunca se arrependeu de ter confiado no Cristo. Com alegria escreveu:
“Eis por que sofro estas coisas. Todavia… sei em quem pus a minha confiança, e estou certo de que Ele é capaz de guardar o meu depósito até aquele Dia” (2Tm 1, 12).“Sei em quem acreditei”. Ele sabia que entregou a sua vida não a um mero homem, nem a uma facção poderosa, mas a Jesus Cristo, Filho de Deus. Sabia que não seria decepcionado. Paulo termina a sua vida dizendo:
“Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo Juiz, naquele Dia” (2Tm 4, 7s).
Essas palavras do Apóstolo e a sua atitude, devem ser modelo de vida para nós cristãos. Quem abraça o Evangelho, deposita nas mãos de Jesus Cristo toda a sua vida; não pertence mais a si, mas é selado como propriedade dele (cf. 2Cor 1, 22; Ef 1, 13s). Esta decisão pode parecer arriscada, mas é sumamente sábia. O cristão pode e deve dizer: “Sei em quem pus a minha confiança…!” Jesus venceu o mundo, venceu o pecado, aniquilou o inferno e assim salvou a humanidade. O mundo só pode mudar, ser melhor, quando todos os homens e mulheres aceitarem Jesus como Senhor e Salvador. Não adianta apenas enchermos as nossas ruas de soldados e de polícia; é preciso mais, é preciso que todos vivam o que Jesus ensinou.
Santo Agostinho procurou durante decênios a felicidade, e só a encontrou em Jesus Cristo;  depois exclamou:
“Tarde eu te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde eu Te amei. Mas como? Tu estavas dentro de mim, e eu estava fora de mim… Tu estavas comigo, e eu não estava contigo. Retinham-nos longe de Ti as criaturas, que não existiriam se não existissem em Ti… Tu me chamaste, e teu clamor venceu a minha surdez. Tu exalaste o teu perfume, eu respirei, e eis que por Ti suspiro. Provei-Te, e tenho fome de  Ti. Tu me tocaste e eu ardo de amor por causa da paz que Tu me deste” (Confissões, I.X, c. 27).
O homem foi criado por Deus para o Infinito; e só Deus pode satisfazê-lo plenamente. Jesus veio nos trazer o céu, o Infinito.
Muitos, como Agostinho, procuram este Infinito, mas erradamente em bagatelas e ídolos. São enganados pelos falsos valores da vida de tal modo que se assemelham ao viajante que em sua caminhada, é seduzido pelas flores e borboletas da estrada, e esquece a meta à  qual desejava chegar!
Só em Jesus Cristo está a nossa salvação. São Pedro deixou claro que “nenhum outro nome nos foi dado no qual tenhamos a salvação” (At 4,12). São Pedro explica-nos que essa salvação eterna foi conquistada “não  por  bens  perecíveis,  como a prata e o ouro… mas pelo precioso sangue de Cristo, o Cordeiro imolado” ( I Pe 1,18).
“Carregou os nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro, para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados” (1 Pe 2,24).
Jesus, nosso Senhor e Salvador, não teve dúvidas em oferecer ao Pai o sacrifício teândrico (humano-divino) de sua Pessoa, para resgatar todos aqueles que pela sua Encarnação fez seus irmãos. É a maior prova de amor que já existiu. Esta verdade levou São Paulo a exclamar, quando escreveu aos romanos:
“Eis uma prova maravilhosa do amor de Deus para conosco: quando ainda éramos pecadores Cristo morreu por nós” (Rom 5,8).
É pela fé no sangue do Senhor que somos justificados perante Deus Pai, para vivermos uma vida nova, aqui e na eternidade. A nossa conta com a justiça foi paga por Jesus.
Apesar de toda essa prova extraordinária do amor de Deus por nós, muitos  batizados  renegam essa fé e vão buscar a salvação onde ela não existe. Abandonando o verdadeiro e único Salvador, e a verdadeira e única Igreja, vão buscar  refúgio espiritual em tudo que é abominável a Deus, como nos ensina a Bíblia (Deut 18,10-13).
Só há uma salvação e um único salvador: Jesus Cristo! Só há uma Igreja, a qual Jesus incumbiu de levar a salvação, através dos sete Sacramentos, a Igreja Católica. “Fora da Igreja não há salvação”, nos ensina o Catecismo da Igreja ; isto é, “toda salvação vem de Cristo-Cabeça através da Igreja que é o seu Corpo” (846).
E nessa fé São Paulo caminhava, e ninguém, nada o impedia de realizar seu trabalho apostólico. Sua força era o seu Senhor: “Tudo posso naquele que me conforta” (Fl 4,13). Sabia que não podia confiar em si mesmo; antes, preferia assumir sua fraqueza e deixar que o Senhor agisse nele livremente: “Para mim o viver é Cristo” (Fl 1,21). E dizia triunfante na fé: “Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. (…) Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte! (II Cor 12,9-10).
A força do cristão está em Cristo e não nele. Enquanto não aprendermos aquilo que Jesus disse: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5), não poderemos ser instrumentos úteis para Deus implantar Seu reino entre os homens. Na medida em que nos esvaziarmos de nós mesmos, do nosso orgulho em querer ser melhores que os outros, de nossa vaidade em querer aparecer (mesmo nas coisas de Deus), ou de nossa autossuficiência em achar que só nós estamos certos, aí então poderemos ser úteis a Deus.
A História da Igreja comprova a certeza de São Paulo: “sei em quem pus a minha confiança”! Nela podemos ver com clareza a sua transcendência e divindade. Nenhuma instituição humana sobreviveu a tantos golpes, perseguições, martírios e massacres durante 2000 mil anos; e nenhuma outra instituição humana teve uma sequência ininterrupta de governantes. Já são 266 Papas desde Pedro de Cafarnaum.
Esta façanha só foi possível porque ela é verdadeiramente divina; divindade esta que provém Daquele que é a sua Cabeça, Jesus Cristo. Ele fez da Igreja o Seu próprio Corpo (cf. Cl 1,18), para salvar toda a humanidade.
A maior graça que recebemos do Pai foi a de nos tornarmos Seus filhos, pela adoção em Jesus que assumiu a nossa natureza. São João falou disso como a maior manifestação do amor de Deus por nós: “Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós somos de fato. (…) Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus” (I Jo 3,1-2). E o mesmo Apóstolo afirmou que “a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1,12). Pela fé no nome de Jesus, tornamo-nos filhos de Deus e “predestinados a ser conformes à imagem de Seu Filho” (Rm 8,29).
Já que somos propriedade sagrada de Deus, não podemos viver de qualquer jeito, desperdiçando a vida, o tempo e os talentos. Precisamos viver para fazer a vontade de Deus. A Virgem Maria foi a criatura que melhor viveu na terra essa realidade. “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38a). E então o Verbo se fez carne! Ser servo de Deus, escravo, quer dizer não ter vontade própria; quer dizer obedecer irrestritamente à ordem do Senhor.
Pertencer a Deus é viver para os outros; é servir. Sem essa preciosa auto-doação, a vida se esvazia e perde o sentido. É que Jesus nos ensinou; é a receita simples, bela e poderosa para salvar o mundo.
Prof. Felipe Aquino

O necessário ao nosso sustento não nos faltará

Assim o Senhor quer que nós vivamos em família: em austeridade. Temos de ser famílias maravilhosamente trabalhadoras, e o tempo de hoje é de trabalhar! Ninguém mais pode comer o pão sem ter trabalhado. 

Deixe-me dizer para todos os jovens e para todas as pessoas: vocês precisam trabalhar. Enquanto você não tem o emprego que tanto busca, procure alguma coisa para fazer. Pelo menos, na obra do Senhor não falta trabalho. 

"O Senhor quer que vivamos em austeridade", ensina monsenhor Jonas


Se você ainda não tem um emprego que o remunere, arrisque-se num trabalho para Deus. Há muita coisa para se fazer! Diga-me, depois, se o Senhor dá ou não dá a você um emprego remunerado! O problema é que nós não temos a coragem de nos arriscar naquela Palavra: "Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a Sua justiça". A justiça de Deus é ver as famílias reconstruídas. A justiça de Deus é isso que nós podemos cantando: "Ninguém te ama como eu". 

Jesus disse: "E esta é a vontade do meu Pai: que eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu". Nós temos de resgatar, recuperar para Deus aquilo que é d'Ele. Entregue-se a esse trabalho, arrisque-se! Invista a sua vida no Reino, na justiça divina e veja se o Altíssimo vai dar, ou não, para você todo o restante em acréscimo! Inclusive um emprego remunerado. 

Se não forem todas, pelo menos uma pessoa da sua família vai trabalhar e vai ser o sustento dos outros. Isto está pertinho de acontecer! Eu não quereria que fosse assim; não sou um profeta de "mau agouro", não! Mas isso está prestes a nos acontecer: numa família inteira, apenas uma pessoa conseguirá ter um trabalho remunerado. Ela é quem acabará sustentando os outros. 

Nós temos de fazer cairem os nossos sonhos dentro do concreto que já estamos vivendo! Você não pode ficar sonhando os "velhos sonhos" para os seus filhos, porque esses sonhos não existem mais! Deixe-me lhe dizer: na situação atual do mundo, nós temos de entrar "na real", temos de viver uma vida pobre, austera. Não dá para ninguém mais querer viver no luxo, no conforto, no bem-estar, na "sobra", no supérfluo... Pelo contrário, é preciso que todos nós queiramos viver a simplicidade, a pobreza, a austeridade de vida. Na verdade, é a vida de trabalhadores, de construtores e de guerreiros ao mesmo tempo.

Veja bem: o necessário não vai nos faltar. Nós teremos o que comer, teremos o que beber, teremos onde morar e o que vestir. Deus vai cuidar de nós! Mas não do modo como nós fomos educados, não no modo como nós sonhamos, não dentro da mentalidade do mundo, do sistema mundano. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O sofrimento nos leva ao caminho de salvação


A Palavra meditada, hoje, está em Isaías 41,10-14.
"Toda dor é suportável quando não temos de enfrentá-la sozinhos", afirma Márcio

Hoje, a Palavra de Deus é direcionada especialmente para quem passa por um momento de dor e angústia. É o próprio Senhor quem fala ao seu ouvido.

Uma das coisas mais ricas, nessa passagem, é que ela nos revela como Deus age na nossa vida. Todos nós, um dia, vamos passar pela realidade de dor e sofrimento. Isso é inevitável, pois é uma condição humana, mas quando descobrimos que o Senhor está ao nosso lado para nos ajudar, tudo fica mais fácil.

Quem percebe que a dor faz parte da vida humana deixa de ser infeliz por causa do sofrimento, pois consegue suportá-la com a esperança de que tudo vai passar. Muitas vezes, o que causa sofrimento são as expectativas que criamos achando que Deus vai, simplesmente, nos tirar a dor, mas o Seu caminho habitual não é esse. Existe um caminho que o Senhor quer nos mostrar, por isso vamos passar por várias situações dolorosas.

O mais importante aqui é o que Deus nos oferece por meio da Palavra. Ele nos dá força e sabedoria para enfrentarmos qualquer dor e nos mostra o caminho para a salvação.

Apoiados em Deus, o sofrimento pode trazer crescimento e amadurecimento, mas sem Ele a pessoa caminha para a desgraça, pois não consegue suportá-lo. As dores podem ser iguais, mas a maneira que se sofre é diferente.

O sofrimento nos leva ao caminho de salvação quando nos deixamos levar pela inspiração divina.

O próprio Deus vem nos dizer: “Não tenhas medo, que eu estou contigo. Não te assustes, que sou o teu Deus. Eu te dou coragem, sim, eu te ajudo. Sim, eu te seguro com minha mão vitoriosa.” Deus é Aquele que nos pega pela mão quando nos sentimos perdidos e nos conduz pelo caminho da salvação e da libertação.

Se você quer crescer e ser mais feliz, confie no Senhor e tenha paciência para que o Espírito Santo desmantele tudo o que lhe faz sofrer e liberte o seu coração. Você precisa confiar que Ele lhe conduzirá em meio ao sofrimento e acreditar que essa dor irá passar e que você irá vencer.

Normalmente, em uma situação de grande sofrimento, nós nos sentimos sós e incompreendidos, então deduzimos que estamos abandonados, inclusive por Deus. Isso não é falta de fé nem pecado; muito pelo contrário, isso é normal do ser humano. As grandes dores nos fazem experimentar a sensação de solidão. Até Jesus passou por isso, pois Ele se sentiu abandonado. Mesmo assim, Ele recorreu a Deus.

Quando Jesus estava no Monte das Oliveiras, em meio ao sofrimento e chorando lágrimas de sangue, Deus mandou um anjo para consolá-Lo.

Toda dor é suportável quando não temos que enfrentá-la sozinhos. O sofrimento vivido sozinho se multiplica, mas se tivermos alguém ao nosso lado, ele se divide.

Agarre-se em Deus quando estiver sofrendo, peça a ajuda d'Ele. A dor é muito maior quando O deixamos por último. Quando você estiver sofrendo, busque o Senhor em primeiro lugar, porque Ele o atenderá. Essa é a promessa do Pai para você nessa manhã.

Vence a dor quem não a enfrenta sozinho. Você não precisa carregar esse peso sozinho, pois Deus quer ajudá-lo nesse momento. Ele nunca nos dá um fardo maior do que podemos carregar. Se a dor é muito grande, ou Ele tira o excesso ou aumenta as nossas forças para suportá-la. Ele prometeu estar ao seu lado e não falhará.

Se você perguntava a Deus como iria enfrentar e suportar o que está lhe causando angústia, a resposta é: "Não tenhas medo, que eu estou contigo. Não te assustes, que sou o teu Deus. Eu te dou coragem, sim, eu te ajudo".

Deus está com você. Se você perder o equilíbrio, Ele vai segurá-lo. Tenha coragem, avance. A dor pode ser grande, mas não é maior que a força que Ele lhe dá. No sofrimento, volte-se para o Senhor, Ele o agirá e não falhará.

Obrigado Deus por essa Palavra, pois ela é a mais importante no dia de hoje, quando o Senhor mesmo nos diz: “Eu o ajudarei”. Não importa como essa ajuda virá, eu sei que ela virá em Seu nome.

Obrigado, Senhor, porque, nessa manhã, temos com quem contar. Glórias e louvores Lhe sejam dados!
Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova

VOCAÇÃO “A vontade de Deus para a minha vida”


Vocação é antes de tudo um chamado de Deus; e precisa está fundamentada neste chamado. Vontades, desejos, sonhos nada disso por ser fundamento para se viver uma vocação.
A primeira vocação é o chamado a santidade e esse chamado Deus faz a toda a humanidade; em segundo plano, mas nem por isso menos importante, está o chamado a uma estado de vida: “Sacerdócio, Casamento, Vida Consagrada, Celibato …”
Existe um ensinamento de Dom Bosco, propagado por Monsenhor Jonas Abib como bom salesiano; que é um caminho seguro para se discernir o seu chamado a santidade e seu estado de vida; ele dizia: “Deus fala nos fatos, é preciso estar atento aos fatos para discernir a voz de Deus”. Mas é preciso ter coragem para fazer a vontade de Deus, que sempre é um chamado a renuncia e a aceitar o sofrimento, para ganhar como prêmio algo incomparavelmente melhor.
Se renunciarmos os prazeres deste mundo, tão passageiros e supérfluos, e aceitarmos os sofrimentos próprios desta renuncia; receberemos como prêmio a paz e esperança da vida plena com Deus, que geram em nós a verdadeira felicidade.
Um breve testemunho:
Abri o coração ao chamado a santidade, que Deus desde sempre me fazia, em 2000. E o chamado ao caminho sacerdotal, como seminarista só o descobri em 2005. Foram cinco anos tentando fugir do chamado específico que Deus fazia ao meu coração. Quando em 2005, acompanhado por um sacerdote, aceitei o chamado de Deus e iniciei meu caminho para o sacerdócio; foi um momento de grande felicidade, tive a certeza como nunca antes, que estava acertando na vontade de Deus para minha vida, foi um dos momentos mais felizes da minha história.
Buscando um seminário que vivesse a espiritualidade da renovação carismática, encontrei o caminho vocacional da Canção Nova. Iniciei meu caminho vocacional com a Canção Nova em 2006, entrei na comunidade em 2008 e em 2010 iniciei meus estudos como seminarista.
Estou este ano no “ano missionário” como seminarista na missão Canção Nova em Cuiabá MT. O processo de ir descobrindo a vontade de Deus que se revela nos fatos ainda não acabou, ele é constante e vai durar até minha ida para Deus, na minha morte, ou em sua vinda gloriosa; e até que isso aconteça continuo no meu processo de descobrir a vontade de Deus para cada momento da minha vida!
Posso dizer que esta é a vontade de Deus para minha vida, está é a minha vocação! Sou um homem realizado e muito feliz.
Joaquim Silva Seminarista Missionário da Canção Nova

O sexo e a fidelidade conjugal


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Sem fidelidade não há união sólida nem família feliz

A Igreja ensina o sentido profundo do sexo; e ele só deve ser vivido no casamento.

“Pela união dos esposos se realiza o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida. Esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal e sem comprometer os bens matrimoniais e o futuro da família. Assim, o amor conjugal entre o homem e a mulher atende à dupla exigência da fidelidade e da fecundidade”.

No casamento, a intimidade dos esposos se torna um sinal de comunhão espiritual. "Entre os batizados, os vínculos do matrimônio são santificados pelo sacramento" (Catecismo da Igreja Católica § 2360). O Papa João Paulo II ensinou que: “A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é, em absoluto, algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte” (Familiaris Consortio,11).

Igreja gosta de apresentar aos esposos o exemplo de Tobias e Sara:
“Tobias levantou-se do leito e disse a Sara: “Levanta-te, minha irmã, oremos e peçamos a nosso Senhor que tenha compaixão de nós e nos salve”. Ela se levantou e começaram a orar e a pedir para obterem a salvação. Ele começou dizendo: “Bendito sejas tu, Deus de nossos pais. Tu criaste Adão e para ele criaste Eva, sua mulher, para ser seu sustentáculo e amparo, e para que de ambos derivasse a raça humana. Tu mesmo disseste: 'Não é bom que o homem fique só; façamos-lhe uma auxiliar semelhante a ele'. E agora não é por desejo impuro que tomo esta minha irmã, mas com reta intenção. Digna-te ter piedade de mim e dela e conduzir-nos juntos a uma idade avançada”. E disseram em coro: “Amém, amém”. E se deitaram para passar a noite” (Tb 8,4-9).

“Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, significam e favorecem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (GS 49,2). A sexualidade é fonte de alegria e de prazer lícitos. Papa Pio XII mostrou claramente a legitimidade do prazer sexual para os cônjuges; o prazer sexual é legítimo para o casal. O próprio Criador estabeleceu que, nesta função (isto é, de geração), os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem saber se manter nos limites de uma moderação justa” (Pio XII, discurso de 29 de outubro de 1951). 

Sem fidelidade conjugal o casal não tem vida sexual harmoniosa. Ela é a base do casamento; sem isso não há união sólida e família feliz. A infidelidade é hoje uma grande praga para as famílias; por isso a Igreja a combate fortemente: “O casal de cônjuges forma 'uma íntima comunhão de vida e de amor que o Criador fundou e dotou com suas leis. Ela é instaurada pelo pacto conjugal, ou seja, o consentimento pessoal irrevogável' (GS 48, 1). Os dois se doam definitiva e totalmente um ao outro. Não são mais dois, mas formam doravante uma só carne. A aliança contraída livremente pelos esposos lhes impõem a obrigação de a manter una e indissolúvel (Cf. CDC, cân. 1056). 'O que Deus uniu, o homem não separe' (Mc 10,9; Cf. Mt 19,1-12 e CIC §2364)."

"Aos casados mando (não eu, mas o Senhor) que a mulher não se separe do marido. E, se ela estiver separada, que fique sem se casar ou que se reconcilie com o seu marido. Igualmente o marido, não repudie a sua mulher” (1 Cor 7,10-11). É muito importante entender isto que o Catecismo da Igreja Católica ensina ao casal cristão:
“A fidelidade exprime a constância em manter a palavra dada. Deus é fiel. O sacramento do matrimônio faz o homem e a mulher entrarem na fidelidade de Cristo à sua Igreja. Pela castidade conjugal, eles testemunham este mistério perante o mundo” (CIC §2365). 

São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla e doutor da Igreja, do século V, sugere aos homens recém-casados que falem assim à sua esposa: “Tomei-te em meus braços, amo-te, prefiro-te à minha própria vida, porque a vida presente não é nada e o meu sonho mais ardente é passá-la contigo, de maneira que estejamos certos de não sermos separados na vida futura que nos está reservada [...]. Ponho teu amor acima de tudo, e nada me seria mais penoso que não ter os mesmos pensamentos que tu tens” (Hom. in Eph. 20,8: PG 62,146-147).

Acolhimento, uma forma concreta de amar



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Como Dom Bosco, precisamos ser sal e luz no mundo
"O Sal é bom. Mas se este perde o sabor, com que se há de salgar? Não serve nem pra jogar na terra, nem para o esterco, mas só para ser jogado fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14,34-35).

Somos criados por Deus para uma finalidade: sermos Seus filhos e adorá-Lo, por isso o nosso primeiro chamado é a santidade. (cf. Ef 1,4). Se nossa vida perde este sentido primário [a santidade], não serve para mais nada, pois fica sem sabor. Então, seremos apenas seres ambulantes num espaço chamado Terra.
Como consagrados pelo batismo, escolhidos e separados por Deus e para Ele, recebemos do Senhor uma missão. Porém, cada pessoa chamada recebe dons diferentes para que a missão aconteça com a contribuição de cada um. No entanto, os dons recebidos de Deus precisam ser instrumentos eficazes para nossa vida e para a vida dos outros. O dom se torna "graça" quando colocado à disposição da vida daqueles que nos rodeiam. 

Dom Bosco tinha virtudes espetaculares: a bondade e o acolhimento. A Família Salesiana tem um pouco dessa essência de Dom Bosco, mas para não perdê-la, precisamos renová-la a cada dia.

O acolhimento é, antes de tudo,
 ver no outro aquilo que ele é sem colocar-lhe máscaras. Na Canção Nova – um ramo da videira Salesiana –, experimentamos, por meio dos testemunhos dos peregrinos que nos visitam, a eficácia do acolhimento. As pessoas, ao se encontrarem com um membro da Canção Nova, não têm receio de abrir seu coração e partilhar de suas vidas, pois se sentem acolhidas como se fosse pelo próprio Cristo.

Esta é nossa missão: comunicar ao mundo a vida nova que Cristo nos trouxe. Precisamos ser “sal” e dar sabor, com nossa vida de consagrados, à vida dos nossos irmãos. Para que isto aconteça é necessário assumir nossa identidade de consagrados.

Seja qual for o lugar - na escola, no trabalho, na paróquia, no ônibus, em todo tempo e lugar -, sejamos acolhedores. O mundo está carente de amor e nós podemos dar a ele o amor puro e gratuito que recebemos de Deus.

Que o Senhor nos dê esta graça!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

JMJ 2013 tem seu primeiro peregrino escrito...Papa Bento XVI


É com grande alegria e ansiedade que jovens do mundo todo ‘correram’ hoje para o portal oficial da JMJ Rio2013 para se inscrever neste grande encontro de fé e esperança que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho de 2013. Entre os peregrinos está aquele que também é o grande anfitrião: o Papa Bento XI. Ele fez a inscrição nesta manhã.
Ao final da Jornada de Madri em 2011, na missa de encerramento, quando feito o anúncio do Rio como a próxima cidade-sede da JMJ, o Santo Padre colocou a intenção pelo encontro: 
“Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira.” 
E em português Bento XVI lembrou a todos: 
“Espero poder encontrar-vos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, Brasil. Até lá, rezemos uns pelos outros, dando testemunho da alegria que brota de viver enraizados e edificados em Cristo. Até breve, queridos jovens! Que Deus vos abençoe!”.
Não perca essa oportunidade. O Rio de Janeiro, como o Cristo Redentor, do alto do Corcovado, espera os jovens de todas as partes do mundo para uma grande aventura da fé.  Reúna seu grupo, convoque sua comunidade, mobilize sua paróquia, diocese, arrume as malas. Inscreva-se para a JMJ Rio2013. 

Viva a vida nova em Cristo


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Ponde vossos membros a serviço de Deus
Cristo morreu e ressuscitou para nos dar a vida nova e não para que continuássemos na vida de pecado, pois o velho homem foi crucificado com Cristo. Pelo Batismo fomos inseridos na vida nova em Cristo, portanto tudo o que era velho passou, mas tudo se faz novo. “E, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele” (Rm 6,8).
Muitas vezes, não temos assumido esta vida nova que Cristo adquiriu com Seu Sangue e Sua Cruz, também com Sua Ressurreição. E deixamos o nosso corpo ser dominado pelo homem velho, pelas práticas da vida passada que estão latentes em nós, pelos apetites carnais que nos levam ao pecado. Acabamos, portanto, nos acostumando com o pecado e somos levados por ele. Não podemos submeter nossos membros a serviço do pecado, mas a serviço de Deus, no amor, na justiça e santidade.
Muitos oferecem seus membros para destruir os outros e a si próprio. As nossas mãos não podem ser instrumentos para o roubo, para matar ou para a masturbação; porém para louvar o Senhor e tocar naquilo que é santo.
Os nossos olhos não podem ser instrumentos de cobiça e pecado, mas para serem fixados no Senhor e olhar os outros com pureza; nossas pernas não podem ser usadas para nos levar para longe de Deus e sim, para perto do Senhor; a nossa boca precisa ser usada para receber o corpo de Cristo, cantar e falar os louvores do Senhor, palavras puras e benção; mas não para falar coisas impuras, como palavrões, piadas, maldições, etc.
O mesmo deve acontecer com nossos ouvidos, eles não podem ser usados para ouvir músicas ou piadas impuras, mas devem ser purificados, a fim de ouvirmos a voz do Senhor, Sua palavra. E também nossa sexualidade e genitalidade, como dom de Deus, não podem ser instrumentos ou estar a serviço da impureza, depravação, porém para nos santificar.
“Que o pecado não reine mais em vosso corpo mortal, levando-vos a obedecer às suas paixões. Não ofereçais mais vossos membros ao pecado como armas de injustiça. Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como pessoas que passaram da morte à vida, e ponde vossos membros a serviço de Deus como armas de justiça” (Rm 6,12-13).
Porém, estamos a serviço Daquele que reina para sempre, o Senhor. Fomos libertos do pecado por causa de Sua entrega total; por este motivo, não podemos nos submeter mais ao jugo do pecado, e sim, buscarmos a nossa liberdade.
O nosso corpo precisa estar inteiramente a serviço de Deus e não pela metade. Sei também que em nosso corpo há marcas do pecado que querem nos arrastar para o mal e o pecado, principalmente o da sexualidade, mas permaneçamos firmes na graça do Senhor e ofereçamos a Deus o nosso templo, o corpo.
“Devido a vossas limitações naturais, falo de maneira humana: assim como outrora oferecerdes vossos membros como escravos à impureza e à iniqüidade, para viverdes iniquamente, agora oferecei-vos como escravos à justiça, para a vossa santificação. Que fruto colhíeis, então, de ações das quais hoje vos envergonhais? Agora, porém, libertados do pecado e como servos de Deus, produzis frutos para a vossa santificação, tendo como meta a vida eterna” (Rm 6,19.21-22).

Falando de fé



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Deus age na nossa história, mas precisamos responder a essa ação
Fala-se muito de fé e sobre a fé em nosso meio, mas, afinal, o que é mesmo fé? O que precisamos conhecer de verdade sobre ela? Quando falamos sobre isso, é necessário considerar dois aspectos diferentes que estão interligados e não podem ser separados entre si.

De fato, se formos levar em conta a teologia na Idade Média, essa reflexão é confirmada. Tal teologia dizia que a fé indica as verdades em que se creem; e que, por sua vez, se professam pela fé; ao mesmo tempo, para indicar a atitude pessoal em que ela consiste, isto é, o abandono total e a confiança da pessoa no encontro e na comunhão com Deus. Esse último aspecto é o verdadeiro fundamento e a substância daquilo que chamamos de fé.

O primeiro aspecto é, em certo sentido, a consequência disso. Agora, como entender melhor tudo isso? Imagino o povo continuamente distraído pelas sequências de vida da sociedade. Como esse povo pode fazer uma experiência de vida diferente, concentrada em um abandono total a Deus? Como fazer o encontro e a relação com Ele no dia a dia do nosso cotidiano? Como entender melhor tudo isso?
A comunicação nos ensina que a melhor recepção das mensagens tem de partir da realidade e do contexto dos envolvidos. Nesse caso, dos fiéis. O Mestre Jesus nos ensinou muito bem, por meio dos Evangelhos, a opção do gênero literário mediado pelos exemplos, isto é, as parábolas. Eu também quero desfrutar essa linguagem da realidade para poder penetrar no grande mistério da fé na nossa vida. 

Um jovem casal, com dois filhinhos, profissionalmente afirmado e com futuro mais promissor ainda, conduzia a vida normalmente, conforme os parâmetros de sucesso da nossa sociedade. Ah, sim, para melhor definir esse perfil, o casal, às vezes, tinha ainda um tempinho para ir à igreja, sobretudo por certas ocasiões sociais. Uma vida normal, conforme os dias de hoje. De repente, aconteceu aquilo que nunca se espera. Eles, acidentalmente, sem culpa nenhuma, perderam a filha menor. Uma desgraça que foi além da própria família. Parentes, amigos, conhecidos e colegas de profissão se sentiram todos abalados. Todos, por sua vez, tentavam mostrar a sua solidariedade, dando até conselhos mais impensáveis. Alguns, inclusive, chegaram a pensar coisas mais tristes, porque perder uma filhinha assim pode gerar somente desespero. Um túnel sem saída.

No entanto, o jovem casal enfrentou a dura realidade e se deixou questionar pelo dramático evento da vida que aconteceu com ele, isto é, não soube somente chorar, mas soube se interpelar. A linda filhinha, sim, morreu, mas ela se tornou mais viva nos dois, conduzindo-os para profundas reflexões; uma delas foi constatar como ele, casal, por exemplo, nunca tinha tempo para ir à igreja nem para rezar um pouquinho mais ou aprofundar mais sobre a própria conduta religiosa e familiar.

A partir do trágico episódio, o jovem casal começou a se colocar em questão. Daí em diante, com grande e resoluta firmeza, eles se engajaram mais na vida da igreja para promover a pessoa da fé. De fato, o casal não perde mais uma missa aos domingos, participa toda semana do estudo bíblico e é solidário com aqueles que mais necessitam.

O trágico evento provocou o casal a fazer uma experiência diferente, de confiança total na busca de Deus, porque viu que esta vida foge do nosso controle. Por isso, pude ver, nesse caso, como a fé se tornou operante, como esse casal soube reconhecer que não somos nós que garantimos a vida, embora possamos ter todo o poder e riqueza desse mundo.

Assim, começou no casal uma relação de confiança em Deus, mediado pelo encontro com Jesus. Tudo isso mudou o olhar deles sobre a realidade, a concepção dos valores, o mundo dos desejos e nada ficou como antes; a vida interior desse casal e mesmo o comportamento são submetidos a um processo de conversão. Portanto, esse processo de fé começou com o evento da vida (a história) e lhe permitiu favorecer o encontro com Deus por meio de Jesus, e de fazê-lo amadurecer numa relação mais profunda e continuada na vida do jovem casal. Essa experiência de fé, com certeza, abriu-lhe novos horizontes de vida, os quais, dificilmente, se podem entender sem essa ótica de conversão.

Enfim, Deus age na nossa história, nas nossas realidades, mas, ao mesmo tempo, também nós precisamos agir respondendo a essa ação. Sem essa colaboração, é difícil fazer uma experiência de fé, porque Deus pode agir, mas se nós não respondermos, tudo se torna em vão. 

Eu e minha casa serviremos ao Senhor!

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Quem não vive para servir, não serve para viver
A frase é de uma das maiores personalidades do século XX, Mahatma Gandhi, que conduziu seu país, a Índia, assim como muitos outros, a encontrar o caminho da independência e da democracia por meio da não violência ativa: “Quem não vive para servir, não serve para viver”. Viver para servir! Proposta desafiadora, fonte de realização para todos os seres humanos, caminho de felicidade. Parece-nos encontrar aí uma das muitas sementes do Verbo de Deus, plantadas na sabedoria e na prática religiosa da humanidade, pois a própria Palavra Eterna do Pai encarnada, Jesus Cristo, mostrou a que veio, abrindo perspectivas novas para Seus discípulos e para toda a humanidade: "Eu vim não para ser servido, mas para servir e dar a vida por resgate de muitos" (Mc 10,45). Jesus Cristo veio ao mundo para fazer a vontade do Pai, para servir.

O Antigo Testamento reporta a história de Josué, a quem foi dada a tarefa de introduzir o povo de Deus na Terra Prometida. Como havia acontecido na chamada Assembleia do Sinai, quando Moisés, em nome de Deus, pediu ao povo a definição de rumos diante da aliança estabelecida, também em Siquém se reúnem todas as tribos de Israel (cf. Js 24,1-18). A escolha de Josué, em nome de toda a sua família, é muito clara: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”! Nas diversas etapas da história da salvação, retorna a provocação positiva que toca no mais profundo da liberdade humana. Trata-se de escolher o serviço a Deus, optar pela fidelidade à Sua Palavra, cumprir Seus mandamentos, assumir a missão confiada àquele povo escolhido. A resposta do povo de Deus a Josué é decidida: “Nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus”(Js 24,18). Durante os séculos que se seguiram, continuamente o Senhor enviou emissários que o chamaram, de novo, à fidelidade!
Veio Jesus, chamou os discípulos e começou uma nova forma de viver. Do meio deles, escolheu apóstolos, criou relacionamento diferente, acolheu crianças, chamou justos e pecadores, derrubou barreiras culturais e religiosas, abriu a estrada da fraternidade. Também o Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, entrou no maravilhoso jogo de provocação à liberdade humana. Depois das primeiras etapas da pregação do Reino e da constituição de uma nova comunidade de irmãos - os chamados evangelhos sinóticos - Jesus pede aos discípulos uma definição: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Cf. Mt 16,13-20; Mc 8,27-30; Lc 9,18-21). 

Já o Evangelho de São João, no texto que a Igreja proclama no vigésimo primeiro Domingo do Tempo Comum (Jo 6,60-69), traz uma pergunta altamente provocante, após a multiplicação de pães e o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida: “Vós também quereis ir embora?”. Vem de Pedro a resposta que continua a ressoar pelos séculos: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus!” Os discípulos aprenderam a seguir Jesus a partir da fé professada naquele que é Santo de Deus, Messias, Cristo, Filho de Deus. A Igreja não se cansará de proclamar a mesma fé em Jesus Cristo até o fim dos tempos.

Após a Ressurreição, a ascensão de Cristo e o Pentecostes, foi chamado aquele que, perseguidor implacável, veio a ser apóstolo das gentes. É o próprio Paulo quem conta, numa das narrativas de sua conversão, a pergunta que brota no coração de todas as pessoas que se encontram com Jesus Cristo: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 22,10) A graça do apostolado continua a se multiplicar na Igreja. Quantas pessoas são chamadas a servir ao Senhor no anúncio da Boa Nova da salvação, nos ministérios e serviços existentes nas Comunidades Cristãs! Que profusão de carismas suscitados pelo Espírito no coração da Igreja, por meio dos quais as palavras do Evangelho são postas em prática e “lidas” nas inúmeras obras de caridade e de serviço existentes em toda parte! E como não reconhecer a beleza do serviço prestado por homens e mulheres, adultos e jovens que desempenham a missão de catequistas em nossas paróquias?

São pessoas que experimentaram a graça do seguimento de Jesus e não podem se calar. São leigos e leigas que, nos serviços internos da Igreja, nas inúmeras frentes de trabalho apostólico e na caridade, podem dizer com o apóstolo São Paulo: “Anunciar o Evangelho não é para mim motivo de glória. É, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se eu não anunciar o evangelho!” (1 Cor 9,16). 

Por isso, fixem seus corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Com todas estas pessoas, agradecemos a Deus pelo mês dedicado às vocações. Em sua conclusão, temos o direito e o dever de acolher as novas e muitas vocações para o serviço ao Senhor e à Sua Igreja.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Os que esperam no Senhor renovam as suas forças


A Palavra meditada, hoje, está em Isaías 40,27-31.
"Deus não muda, Ele é eterno em Sua fidelidade", diz Márcio

A Palavra vem nos dizer que Deus nos livra de todos os tropeços e ilumina nosso caminho, mas a decisão de desfrutar de tudo isso é nossa. O Senhor nos dá condições para vivermos mais santos, perfeitos e felizes, mas a decisão é nossa.

“Por que isto dizes, Jacó, Israel, por que reclamas: ‘O Senhor ignora meu destino, Deus não vê o meu direito!’?” É o Senhor falando, com todos os seus filhos, das promessas de Deus. Ele fala a cada um de nós, pois, muitas vezes, reclamamos e dizendo: “O Senhor me ignora, não vê a minha sorte e permite que as pessoas passem por cima de mim. Onde está Deus diante dessa situação ruim que estou passando? Onde está Seu amor e Sua misericórdia?”.

A Palavra do Senhor nos diz: "Acaso não sabes? Ainda não ouviste falar? O Senhor é eterno!”. Deus não muda, Ele é eterno em Sua fidelidade. Aquele que nos criou por amor nunca nos abandona. Ele nos dá ânimo e recupera os enfraquecidos.

Os que esperam no Senhor renovam suas forças. Há uma Palavra que diz: “A quem é fiel a Deus, Ele sempre será fiel.” O Senhor é fiel, mas para experimentarmos Sua fidelidade, temos de ser fiéis a Ele também.

Se uma pessoa peca, Deus não deixa de ser misericordioso com ela, mas é preciso que ela tome a iniciativa de se confessar para que seja perdoada e experimente o Seu amor.

Deus quer que você caminhe na verdade e tenha vida. Ser fiel e esperar no Senhor significa abrir os olhos para Ele e ver o que quer nos mostrar. É ser otimista e ver a vida com bons olhos para trazer coisas boas ao nosso coração. Quem é pessimista não acredita em nada e só atrai coisas ruins para sua vida. Deus quer que sejamos positivos, pois nem tudo está errado. Quantas coisas e pessoas boas Ele coloca na nossa vida! É preciso abrir os olhos para vê-las.

A tentação nos faz acreditar que somos fracassados, nos faz pensar que as pessoas não nos amam, não nos compreendem; só nos criticam. Como é triste ter a sensação de que tudo parou, porque parar no tempo é uma forma de morrer. Mas tudo isso só acontecerá se permitirmos. Você não pode alimentar a tentação, senão ficará triste e deprimido.

Avance! Não dê ouvidos à tentação. Pare de ficar pensando que você é incompreendido, porque todos passam por isso. Em algum momento, você também não vai compreender o seu irmão. Sele seus ouvidos para a tentação. Reserve-os para as coisas boas da vida.

Aqueles que são fiéis, que confiam e esperam no Senhor têm forças renovadas e capacidade para avançar sem parar. A Palavra garante tudo isso, mas coloca, diante dos nossos olhos, Aquele que nos incentiva, que não corre nem se cansa. Ele faz tudo perfeito e nada às pressas.

Seja fiel a Deus seguindo seu caminho. Para isso, veja se o que você vai fazer vale a pena. Deus não começa nada que não valia a pena. O caminho de Deus é perfeito, Ele não faz nada às pressas nem pela metade. Ele é fiel e lhe dará ânimo se você estiver enfraquecido e cansado.

O segredo da juventude para o cristão é o Espírito Santo. Ele faz forte o que é fraco e jovem o que é velho. Ele o transforma num corpo novo. Se você tropeçou, não desanime, porque todos tropeçam; mas, se você espera em Deus, ganhará forças para recomeçar. Para isso, siga alguns conselhos práticos: desvie-se das agressões, afaste-se de quem só o machuca. Fortaleça os bons relacionamentos. Peça ao Espírito Santo sabedoria e força. Invista no que você acredita sem medo de ser feliz. Não desanime com as coisas que não deram certo, pois a vida é assim; o importante é continuar. Conte com a graça de Deus para isso, faça uma coisa de cada vez.

Senhor, nós queremos pedir essa graça. Dá-nos força e confiança para seguirmos em frente e acreditarmos na vida. Tira de nós toda reclamação e desconfiança na Sua fidelidade. O Senhor nos criou por amor e nunca vai deixar de nos amar. O Senhor, que não deixa nada pela metade e recupera as forças dos enfraquecidos, dá-nos a graça de nos reanimarmos de todo cansaço. Nós Lhe pedimos, pela força do Espírito Santo, a cura de nossos corações desanimados. Renova as nossas forças. Derrama sobre nós essa bênção, nós esperamos em Ti. Vem Espírito Santo, força de Deus.
Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova

O dom da amizade


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Muitas amizades terminam, porque nunca começaram de verdade
Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro 'O Pequeno Príncipe', escreve: "Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo". Muitas vezes, vivemos em meio a multidões e nos sentimos sozinhos. Falta-nos a presença de um amigo que ouça nossas dores e cure, com o bálsamo das palavras de conforto, as feridas de nossa alma. Amigo verdadeiro sabe cuidar do outro sem deixar de cuidar de si mesmo. Somente quem descobriu, na vida, uma verdadeira amizade saberá valorizar este dom tão precioso e valioso quanto um diamante.

A melhor definição do que seja amizade encontramos nas Sagradas Escrituras: "Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem teme o Senhor terá também uma excelente amizade, pois o seu amigo lhe será semelhante" (Eclo 6,14ss). As verdadeiras amizades são tão preciosas que são comparadas pelo Autor Sagrado como um tesouro. Algo valioso que, uma vez encontrado, deve ser cuidado e valorizado.

Amigos nascem de muitas semelhanças, mas também de diferenças. Na escola da vida aprendemos a reconhecer um amigo pela presença silenciosa nos momentos de dor. Amigo verdadeiro sabe se alegrar com as nossas conquistas. Amizade que cultiva a inveja perde o seu sentido e sufoca a raiz do amor gratuito que fortalece a árvore da partilha que cultivamos.

Amizade verdadeira constrói pontes e derruba os muros que separam e dividem. Um amigo de verdade sabe caminhar conosco nas noites sem as estrelas da esperança, e nos guia com a luz do seu amor pelo caminho do bem e da verdade. Amigo sincero fala-nos com carinho, mas não deixa de nos dizer a verdade, mesmo que, muitas vezes, não estejamos dispostos a ouvir.


Amigo verdadeiro sabe respeitar o nosso tempo e não nos sufoca com seu excesso de proteção. Ele sabe que estar longe e tão importante quanto estar perto. Ele nos compreende quando preferimos o silêncio das reflexões ao barulho das palavras sem sentido.

Uma amizade madura nasce no tempo e se cultiva por toda a vida. No tesouro da vida, a amizade deve ser cuidada com carinho e ternura. Quem descuida de um amigo abandona um tesouro valioso e deixa de lado um pouco de si mesmo que foi guardado no coração da outra pessoa. A melhor maneira de valorizarmos uma amizade é ser presença e não ser inconveniente. 

Muitas amizades terminam, porque nunca começaram de verdade. São relações interpessoais cultivadas de maneira superficial. Amizade que tem sua base no amor conhece a história do outro e, por isso mesmo, sabe ser misericordioso com quem nos confia partes de sua vida em retalhos de lágrimas e sorrisos. 

Jesus confiou tão verdadeiramente em Seus discípulos que não os chamava mais de servidores, mas sim de amigos: “Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai” (cf. Jo 15,15). A vida e a missão de Jesus não eram segredos para aqueles que conviviam com Ele diariamente. Jesus sabia que somente aqueles que acolhem a vida do outro na sua própria vida são amigos verdadeiros. O amor de Jesus por cada amigo foi tão grande que a Sua vida já não seria mais Sua, mas continuaria para sempre viva no coração de cada um daqueles que o seguiam, e, no paraíso, esta vida doada e partilhada seria contemplada em um abraço amigo que iria durar toda uma eternidade. 

Na amizade de Jesus
 por cada um de nós encontramos o caminho para uma amizade verdadeira que se doa, gratuitamente, por aqueles que fazem parte de nossa história. Amizade verdadeira tem em Cristo o seu fundamento de amor, caridade, entrega e partilha.  

Não perca mais tempo. Aproxime-se de Jesus!

"O rei Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou confuso, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: 'Eu mandei cortar a cabeça de João… Quem será esse homem, sobre quem ouço falar estas coisas?' E procurava ver Jesus"(Lucas 9,7-9).

No coração de cada homem e de cada mulher há uma atração para Aquele que é o nosso Salvador. O Evangelho nos fala dos gregos pagãos que queriam ver Jesus. Há também o cobrador de impostos que subiu numa árvore para ver o Senhor. Embora fosse corrupto e odiado, havia neste homem uma atração enorme por Deus. Como ele se chamava? Zaqueu.

"Não desanimem! Rezem muito, peçam ao Senhor e suas orações terão efeito", assegura monsenhor Jonas


Jesus disse a Zaqueu que iria comer em sua casa. Quando Ele chegou, o cobrador de impostos disse que não queria mais roubar e que devolveria o quádruplo do dinheiro que havia tirado das pessoas. Também o apóstolo Mateus, que era cobrador de impostos, queria ver Jesus, sentia-se atraído por Ele. O Senhor, então, pediu que este O seguisse. Esse homem largou tudo, seguiu-O e tornou-se São Mateus, o primeiro apóstolo a escrever o Evangelho.

Maria Madalena também tinha um grande desejo de encontrar Jesus, mas não sabia se Ele a aceitaria por causa da vida que ela vivia. Jesus veio do céu para ser o nosso Salvador, daí a atração que Ele realiza em cada coração humano. Quando ela se aproxima de Cristo, tudo muda na vida dela. Jesus também muda, porque, até então, nenhum profeta tinha uma discípula mulher. Ela foi a primeira, mas, depois, arrastou outras mais, como Joana, esposa do superintendente de Herodes.

Herodes, por sua vez, era muito fraco, faltou-lhe coragem e decisão, mas que Jesus também exercia uma atração sobre ele, isso é real. O coração desse rei tremia na presença do Senhor. Se ele se desvencilhasse de tudo aquilo com que havia se envolvido, o próprio Jesus o teria recebido também.

Meus irmãos, eu falei de homens e mulheres do Evangelho, mas o importante para nós é saber que o Senhor continua exercendo uma atração sobre o coração de toda humanidade, inclusive dos transviados, de todas as pessoas por pior que elas sejam. Assim como Herodes, todos têm, em seus corações, o desejo de aproximar-se de Jesus Cristo, de terem o seu encontro pessoal e serem salvos por Ele. Nossa base é saber que Ele exerce essa atração em nós.

Muitas vezes, as pessoas estão tão enleadas em suas vidas que não têm coragem de largar tudo e seguir Jesus. Por isso, por pior que você seja, por pior que tenha sido ou continue sendo a sua vida, você precisa compreender que deve dar um passo para o Senhor – porque mais do que o seu querer – é Jesus quem quer a sua conversão.

Além de haver pessoas muito más, depravadas, existem também pessoas que se acham "boas", porque não têm grandes pecados e não cometem grandes erros em suas vidas. Mas elas cometem "pequenos pecadinhos" – embora pecadinhos não existam –, e, porque não se acham más, pois não roubam, não matam nem são como os bandidos e corruptos, também não vão para Jesus. Por essa razão, muitas vezes, a conversão de um "bom" é muito difícil, pois, por se considerar bom, não tem coragem de se tornar cristão para valer e ter o seu encontro pessoal com o Senhor. 

A todos aqueles que têm uma vida errada, e também àqueles de sua família que estão muito longe do Senhor, eu digo: "Não desanimem. Rezem muito, peçam ao Senhor e suas orações terão efeito".

Se vocês podem falar, falem; se vocês podem fazer, façam tudo o que puderem por essa pessoa que precisa se aproximar de Jesus. Mesmo que ela seja alcoólatra, viciada, não a desclassifique, pois para Deus não existe “lata de lixo” nem para a pior pessoa. Se você já fez tudo o que podia e já não pode mais falar, porque a pessoa já não suporta ouvi-lo, reze, porque é Jesus dizendo: "Esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia" (João 6,37-39). 

Na Palavra de Deus, o Senhor está dizendo que o próprio Herodes procurava ver Jesus. Quanto mais você, que sente, no seu coração, essa atração! 

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova