A
alma deve evitar todos os pecados veniais, especialmente os que abrem
caminho ao pecado grave. Ó minha alma, não chega desejar firmemente
antes sofrer a morte do que cometer um pecado grave. É necessário ter
uma resolução semelhante em relação ao pecado venial. Quem não encontrar
em si esta vontade, não pode sentir-se seguro. Não há nada que nos
possa dar uma tal certeza de salvação eterna do que uma preocupação
constante em evitar o pecado venial, por insignificante que seja, e um
zelo definido e geral, que alcance todas as práticas da vida espiritual —
zelo na oração e nas relações com Deus; zelo na mortificação e na
negação dos apetites; zelo em obedecer e em renunciar à vontade própria;
zelo no amor de Deus e do próximo. Para alcançar este zelo e
conservá-lo, devemos querer firmemente evitar sempre os pecados veniais,
especialmente os seguintes:
- O pecado de dar entrada no coração de qualquer suspeita não razoável ou de opinião injusta a respeito do próximo.
- O pecado de iniciar uma conversa sobre os defeitos de outrem, ou de faltar à caridade de qualquer outra maneira, mesmo levemente.
- O pecado de omitir, por preguiça, as nossas práticas espirituais, ou de as cumprir com negligência voluntária.
- O pecado de manter um afeto desregrado por alguém.
- O pecado de ter demasiada estima por si próprio, ou de mostrar satisfação vã por coisas que nos dizem respeito.
- O pecado de receber os Santos Sacramentos de forma descuidada, com distrações e outras irreverências, e sem preparação séria.
- Impaciência, ressentimento, recusa em aceitar desapontamentos como vindo da Mão de Deus; porque isto coloca obstáculos no caminho dos decretos e disposições da Divina Providência quanto a nós.
- O pecado de nos proporcionarmos uma ocasião que possa, mesmo remotamente, manchar uma situação imaculada de santa pureza.
- O pecado de esconder propositadamente as nossas más inclinações, fraquezas e mortificações de quem devia saber delas, querendo seguir o caminho da virtude de acordo com os caprichos individuais e não segundo a direção da obediência.
Nota: Fala-se
aqui de situações em que encontraremos aconselhamento digno se o
procurarmos, mas nós, apesar disso, preferimos seguir as nossas próprias
luzes, embora frouxas.
Oração para uma boa confissão:
Meu
Deus, por causa dos meus pecados crucifiquei de novo o Vosso Divino
Filho e escarneci dEle. Por isto sou merecedor da Vossa cólera e
expus-me ao fogo do Inferno. E como fui ingrato para conVosco, meu Pai
do Céu, que me criastes do nada, me redimistes pelo preciosíssimo sangue
do Vosso Filho e me santificastes pelos Vossos santos Sacramentos e
pelo Espírito Santo! Mas Vós poupastes-me pela Vossa misericórdia, para
que eu pudesse fazer esta confissão. Recebei-me, pois, como Vosso filho
pródigo e dai-me a graça de uma boa confissão, para que possa
recomeçar a amar-Vos de todo o meu coração e de toda a minha alma, e
para que possa, a partir de agora, cumprir os Vossos Mandamentos e
sofrer com paciência os castigos temporais que possam cair sobre mim.
Espero, pela Vossa bondade e poder, obter a vida eterna no Paraíso. Por
Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amen.
Nota final
Lembre-se
de confessar os seus pecados com arrependimento sobrenatural, tendo
uma resolução firme de não tornar a pecar e de evitar situações que
levem ao pecado. Peça ao seu confessor que o ajude a superar alguma
dificuldade que tenha em fazer uma boa confissão. Cumpra prontamente a
sua penitência.
Acto de Contrição
Meu
Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o meu coração,
pesa-me de Vos ter ofendido, e com o auxílio da Vossa divina graça,
proponho firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e
espero o perdão das minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia.
Amen.
Fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com/2011/03/um-exame-de-consciencia-para-adultos.html
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