terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Você se sente fraco na caminhada?


samuel
“Não nos devemos perturbar à vista de nossas imperfeições, porque a luta contra elas não pode nem deve acabar antes de nossa morte. A nossa perfeição consiste em combatê-las; mas não podemos combater e vencer sem que as sintamos e conheçamos a própria vitória que esperamos conseguir sobre elas, de modo algum consiste em não as sentir, mas exclusivamente em não consentir nelas.”
O belíssimo ensinamento acima dado por São Francisco de Sales, que se encontra no seu livro Filotéia, nos apresenta três grandes ensinamentos que gostaria de partilhar neste dia.
1º “Não nos devemos perturbar à vista de nossas imperfeições, porque a luta contra elas não pode nem deve acabar antes de nossa morte”.
Quantas vezes em nossa caminhada de cristãos nos sentimos fracos diante de nossas imperfeições e nossos pecados. Lutamos contra eles, mas por diversas vezes caímos no mesmo pecado. São Francisco de Sales nos ensina que a luta contra nossas imperfeições não deve acabar antes de nossa morte, ou seja, iremos travar uma luta constante contra o pecado, até o dia de nossa morte. É constante ver irmãos de caminhada abandonarem a vida na comunidade pelo fato de se julgarem “imperfeitos” demais, incapazes de vencer as imperfeições pessoais.
Olha a boa noticia sua luta não ira acabar até o momento de sua morte, lembre-se do que nos diz o autor da carta aos Hebreus              “Vós ainda não resististes até o sangue em vosso combate contra o pecado” (Heb, 12,4).
 2º “A nossa perfeição consiste em combatê-las.”
 Se nossa luta não chegará ao fim nesta vida, então em que consiste nossa perfeição? São Francisco de Sales nos diz que: “nossa perfeição consiste em combater nossas imperfeições”. Então ponhamo-nos em ordem de batalha, caminhemos, lutemos contra todo pecado que tenta nos amarrar ao mundo e ao demônio. Para combater as imperfeições e os pecados a Santa Igreja nos concede primeiramente a graça santificadora dos sacramentos, em especial o da Confissão e da Eucarística. Quantas vezes participamos da Santa Missa sem nenhum amor, loucos de vontade de ir embora perdendo assim a graça de Deus.
 Recentemente estive em uma missa numa paróquia em Uberlândia, estava junto comigo uma priminha de 10 anos, chegamos uns 15 minutos antes do inicio da celebração e aproximou-se de nós uma pessoa da equipe de acolhida e disse a criança que estava conosco: “mocinha nós temos aqui uma salinha para as crianças, se você quiser ir para la? A menina respondeu: “não, eu quero ficar aqui pois já fiz a 1ª comunhão”. Daí a moça da acolhida disse: “caso você sinta-se entediadadurante a missa pode ir para lá.”
Esse dialogo nos mostra claramente como estamos perdendo o sentido da Santa Missa. O Santo sacrifício da Missa, não é uma reunião comum, ou um evento de formatura, ou um  palco de assuntos políticos.
“A missa é ao mesmo tempo e inseparavelmente o memorial sacrifical no qual se perpetua o sacrifício da cruz”.         ( Catecismo da Igreja Católica § 1382)
 Se a Missa perpetua o sacrifício da Cruz, como me sentir entediado durante o sacrifício de Jesus, fonte de minha salvação?
Teve um livro me foi muito útil para aumentar meu amor a Santa Missa, quero agora indica-lo chama-se “O Calvário e a Missa do Arcebispo Fulton J. Sheen”.
 “A Missa é o maior acontecimento da história da humanidade: o único Ato sagrado que afasta a ira de Deus de um mundo pecador, porque eleva a Cruz entre a terra e o Céu.” (Fulton J. Shenn).
 Se quisermos combater nossas imperfeições aumentemos nosso amor aos sacramentos, de maneira especial a Santa Missa.
 3º De modo algum consiste em não as sentir, mas exclusivamente em não consentir nela.
 Encerrando o ensino de São Francisco de Sales, ele nos diz que nossa luta contra as imperfeições não consiste em não senti-las, mas em não consentir.  Isso é valioso para nossa caminhada, as imperfeições e os pecados iram sempre bater a nossa porta, muitas vezes serão como um espinho em nossa carne, como São Paulo nos diz, porém minha luta deve ser em não consentir, em não dar vida, em não alimentar minhas imperfeições, isso seria consentimento.
Se tenho dificuldade com o vicio da bebida, então devo me afastar de situações que irão me levar a beber. Se busco um namoro casto, porem tenho encontrado inúmeras dificuldades, devo evitar situações que podem me levar a pecar. Se tenho dificuldade com minha língua, falando mal de todos, devo evitar situações que irão me levar a fofocas. E assim poderíamos citar diversas lutas que travamos todos os dias em busca de uma vida espiritual mais santa. Quando evitamos as situações que me levam a imperfeição não estou consentindo com elas, isso irá me ajudar a vencê-las. Para alcançar a vitória em nossa vida espiritual é preciso lutar e combater “combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4, 7).

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